O Coliseu de Elvas recebeu na noite da passada segunda-feira (4 de março) o desfile de coreografias noturno, que encerrou as comemorações carnavalescas na cidade, uma vez que devido às condições atmosféricas, o desfile internacional de 3º feira não se realizou.
Em declarações à RC, Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas, afirma que o Carnaval na cidade “tem a particularidade de pôr um bocadinho da cultura espanhola misturada com a cultura portuguesa”.
Sendo “muito caraterístico da zona de fronteira” não perde as caraterísticas identitárias do Carnaval português, com figuras como a «matrafona».
O autarca aponta o seu “agradecimento e reconhecimento” às 7 associações que se juntam para organizar as comemorações, produzir os fatos e as coreografias, sendo que o município contribui com apoio financeiro e logístico.
O investimento realizado pela Câmara, que aumentou no apoio aos participantes (até 40€/pessoa) e diminuiu no apoio aos carros “repercute-se por um elevado multiplicador naquilo que é a economia local”.
Ao longo de 6 dias, as comemorações na cidade são protagonizadas em diversos momentos por toda a população, desde a mais idosa aos mais pequenos, com desfiles das comadres e dos compadres, das escolas e os grandes desfiles locais e internacionais.
Na noite de coreografias foi anunciado que o grupo «Sou Filho Único» será a Rainha do Carnaval de Elvas 2020. Este grupo carnavalesco com presença assídua nos desfiles da cidade, é constituído por dezenas de ‘matrafonas’ (homens que se mascaram de mulheres malvestidas e trapalhonas). O presidente de Elvas aponta que é “um grupo muito acarinhado” pela população, surgindo ela eleição como um reconhecimento aos seus elementos.
Questionado sobre a influência da proximidade com a fronteira, afirma que a realização destes eventos depende “muito do lado espanhol para lhe dar corpo, número e dimensão”.
A Campanário deixa-lhe as imagens da noite de coreografias no Coliseu de Elvas:
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