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“Assunção Cristas integrou um governo que não pintou o SNS de cor de rosa, pintou-o de negro” (c/som)

O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 12 de março, abordou o ambiente vivido em Bruxelas em dia de decisões relativamente ao BREXIT, comentou as declarações do Primeiro Ministro de Portugal  sobre as reivindicações impossíveis dos enfermeiros, abordou ainda a declarações de Assunção Cristas sobre o Serviço Nacional de Saúde, finalizando com uma análise sobre as acusações de Paulo Rangel a Pedro Marques, chamando-o de infantil.

Relativamente ao tema do BREXIT, Carlos Zorrinho começou por dizer que “por aqui estamos muito atarefados, estamos a terminar os nossos mandatos, continuamos na dúvida se logo ao final da tarde seremos 27, ou 27,5 se existir um acordo na casa dos comuns ou se seremos 28 caso não seja desta que o Reino Unido saia da União Europeia”.

Carlos Zorrinho adiantou aos nossos microfones que “estamos todos expectantes com a votação de hoje, existe um sentimento que haverá uma maioria na casa dos comuns no sentido de um acordo”. O eurodeputado disse ainda que caso não exista acordo “seria muito mau para o Reino Unido, para a União Europeia e para Portugal, todos estamos a torcer (embora seja uma escolha democrática dos deputados) para que não se verifique uma saída sem acordo”.

Quando questionado pela RC sobre o acordo, Carlos Zorrinho refere que “o acordo que está definido entre o Reino Unido e a União Europeia, é um bom acordo, um acordo equilibrado”. O eurodeputado manifestou aos nossos microfones o seu desejo pessoal, dizendo que “como europeísta desejo que os ingleses permaneçam na União Europeia”.

Quando convidado pela Campanário a comentar as declarações do Primeiro Ministro sobre as reivindicações impossíveis dos enfermeiros, Carlos Zorrinho pensa “ser necessário existir um grande realismo, reconheço que muitas reivindicações dos enfermeiros, dos professores e de muitas outras classes são reivindicações com fundamento, mas a verdade é que este governo, ao contrário dos governos anteriores começou paulatinamente a dar resposta a essas reivindicações”.

Carlos Zorrinho defende que “esse caminho não pode por em causa a estabilidade orçamental, e se não existir estabilidade orçamental as taxas de juro sobem, a nossa capacidade em financiarmo-nos com taxas de juro baixas acaba e o caminho que estamos a fazer, que é um caminho (embora mais lento que o que as classes profissionais desejam), pode ser interrompido”.

Para o eurodeputado “durante o governo Passos / Cristas a ponte para a recuperação de rendimentos e direitos foi quebrada, nós agora estamos a passar numa ponte que é muito frágil, temos de ir devagarinho para que ela não quebre”, Carlos Zorrinho acrescentou aos nossos microfones que “qual é o governo, ainda para mais sendo um governo socialista, que não gostaria de reconhecer mais e melhor o trabalho que é feito pelos profissionais”.

Sobre as palavras de Assunção Cristas, em que a mesma acusa António Costa de pintar de cor de rosa o Serviço Nacional de Saúde, Carlos Zorrinho diz que “nós deveríamos perguntar era o que a Dra. Assunção Cristas propõe para resolver todos esses problemas. Ela foi integrante de um governo que não pintou o SNS de cor de rosa, pintou o SNS de negro. Durante o tempo em que foi governo desinvestiu totalmente no SNS”. O eurodeputado acrescentou ainda que “fazer diagnósticos é muito fácil, no entanto o que se espera dos políticos é que encontrem soluções para as questões, e os políticos tem obrigação de quando dizem que é necessário mais investimento explicarem também onde é que vão cortar para ser possível o investimento”.

Para finalizar a sua rúbrica semanal aos microfones da Campanário, Carlos Zorrinho abordou as acusações de Paulo Rangel a Pedro Marques, acusando-o de usar desculpas infantis. Para o nosso comentador “são declarações muito curiosas. O Dr. Pedro Marques já apresentou o manifesto eleitoral, nós não conhecemos o manifesto ou as propostas eleitorais do PSD, apenas sabemos o que fez na altura em que era governo, em que se aliou aqueles que pediram sanções para Portugal”. Para Carlos Zorrinho a inexistência de propostas por parte do PSD e o requerer de debates “serviria apenas para debater as propostas do Dr. Pedro Marques”, acrescentado que “isto acontece porque reconhece algum mérito ao PS e a Pedro Marques. Infantil é andar de um lado para o outro a dizer que quer debater, quando não colocou encima da mesa nada meritório para o debate”.

                

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