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Alentejo é a segunda região do país com menor poder de compra

Portugal surge como o país com menor poder de compra, entre os quatro países europeus (Bélgica, Itália e Espanha) que participaram no barómetro anual Euroconsumo.

No panorama nacional, Portalegre surge como o distrito com menor índice de capacidade de consumo, e o Alentejo é no global das regiões que apresenta uma situação financeira menos confortável, e onde a pobreza é mais evidente.

Segundo os dados regionais fornecidos pela Deco Proteste, o índice de capacidade financeira mais elevado do país, no ano passado, localizou-se na região Centro (45,8) seguida do Norte (44,9), ficando Lisboa e Vale do Tejo a meio da tabela (43,9), seguida do Alentejo (42,8) e com o Algarve no fim (41,1). Contudo, as perspetivas para este ano são de melhoria nestas três últimas regiões e de agravamento nas que melhor pontuaram em 2018.

A pobreza é mais evidente em Lisboa e Vale do Tejo (9,8), no Alentejo (8,5%) e no Norte (7,6%), limitando-se a 3,1% e 2,1% dos inquiridos no Centro e no Algarve, respetivamente.

Já a situação financeira confortável é maior em Lisboa e Vale do Tejo (25,2%), no Centro (23,5%) e no Algarve (23,2%), com o Alentejo muito perto (22%) e o Norte (21,8%) no fim da lista.

A nível de distritos, o índice de capacidade de consumo é melhor em Bragança (57,4) e Vila Real (46,9) e pior em Portalegre (29,7) e Braga (39,3). As maiores dificuldades surgem em famílias de três ou mais pessoas em que ambos os cônjuges se encontram desempregados e não possuem formação universitária.

De salientar que 46,4% dos portugueses que participaram consideraram que as despesas de habitação são difíceis ou bastantes difíceis de pagar. Em Portugal, a capacidade de compra é de 44,5%, sendo o índice de pobreza de 29,7%, o que demonstra baixa discrepância entre os que muito podem pagar e os que nada conseguem comprar.

Habitação, alimentação, saúde, educação e mobilidade são por ordem, as despesas que mais dificuldades colocaram aos portugueses A cultura e o lazer apresentam-se como a única categoria em que há expectativas de ligeira melhoria em 2019.

 

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