Entre os dias 29 de abril e 2 de maio, decorre no Santuário de Fátima, a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), onde serão abordados temas como as Europeias, a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) 2022 e a proteção de menores.
No âmbito dos abusos sexuais de menores na Igreja, D. Francisco Senra Coelho, Arcebispo da Arquidiocese de Évora afirma que, desde que assumiu o cargo em setembro de 2018, “nunca chegou nenhum assunto dessa índole” ao seu conhecimento.
Tendo inclusive procurado junto dos serviços da Cúria Diocesana de Évora, avança a inexistência de registos de qualquer denúncia de situações de pedofilia na Arquidiocese.
Ainda assim, diz não estar “sossegado” nem “instalado nesta informação”, e avança “se algum caso acontecesse”, que percebesse ter fundamento, “seria o primeiro a dar a conhecer às autoridades do nosso território e também à Santa Sé”.
“Se as crianças têm algum sítio onde estão seguras tem que ser a igreja”
D. Francisco Senra Coelho
Não sendo um assunto premente na Arquidiocese de Évora, o Arcebispo participa na Conferência “na expetativa de perceber as orientações para trabalhar em uníssono com a Conferência Episcopal e toda a Igreja Portuguesa”, e “colaborar para que todas as crianças tenham segurança”.
Tem vindo a ser debatida a nível nacional, a possibilidade de criação de comissões arquidiocesanas para vigilância e denúncia de casos de abusos sexuais de menores, tendo já sido recusada por arcebispos de arquidioceses como Lamego, Santarém ou Porto. D. Francisco Senra Coelho garante que “se for orientação da Igreja, a Arquidiocese de Évora terá essa comissão”.