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Casa de Bragança e os Cristãos-novos foi tema de conferência no Paço Ducal. A RC deixa-lhe a fotorreportagem (c/som)

No passado sábado, 18 de maio, o Paço Ducal de Vila Viçosa recebeu a conferência “Os Cristãos-novos sob a jurisdição do Duque de Bragança, uma abordagem preliminar”, pela oradora Marta Páscoa, arquivista do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança.

A Campanário esteve presente e falou com Maria de Jesus Monge, diretora do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança que afirma que “a Casa de Bragança sempre teve uma relação muito particular com a Igreja”.

“Há muitos Cristãos-Novos nas terras da Casa de Bragança, e há aparentemente alguma relutância em excluí-los da vida cívica”
Maria de Jesus Monge

“Uma coisa”, explica, é a Casa de Bragança ter sempre demonstrado uma posição de apoio face à Igreja, “outra coisa era seguir à risca as indicações que vinham da coroa e da Inquisição naquilo que respeitava aos Cristãos Novos”. Desta forma, a Casa de Bragança manteve relações e apresentou “relutância em excluí-los da vida cívica”.

A arquivista Marta Páscoa, explica que com a pesquisa realizada se verificou “a Casa de Bragança respeita as leis do reino, mas por si só” não demonstra vontade em perseguir, excluir ou castigar os Cristãos-Novos.

Casa de Bragança “não é uma casa de persiga com grande afinco os Cristãos-Novos, não há aqui essa vontade”
Marta Páscoa

A esta estação emissora, a oradora explica que o tema surge de um convite para participar num colóquio em Chaves subordinado ao tema dos Cristãos-novos no Norte do país, uma vez que Chaves pertencia à Casa de Bragança. “Como temos muita documentação não só de Chaves, acabámos por fazer um trabalho sobre muitas terras da Casa de Bragança”.

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