A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realizou esta terça-feira, 21 de maio, um briefing à comunicação social para apresentação do exercício europeu de proteção civil – Cascade´19, que irá decorrer em Portugal, de 28 de maio a 1 de junho, com a participação de cinco outros países Alemanha, Bélgica, Croácia, Espanha e França.
A Campanário esteve presente na sessão onde falou com José Ribeiro, comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Évora.
Em Portugal, explica, este exercício internacional envolve os distritos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Évora, sendo que neste último, “participam os municípios de Arraiolos, Évora, Montemor-o-Novo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Viana do Alentejo”.
Na fase de planeamento em conjunto com os serviços municipais de proteção civil “foram surgindo um conjunto de cenários que pareceram de elevada importância para serem testados”, tendo resultado 16 locais que serão testados para situações de sismo, ao longo dos 3 dias do exercício.
O exercício permitirá “testar as capacidades que existem em cada um dos municípios” e de “articulação entre os vários parceiros”, nomeadamente a forma de integração do apoio internacional e das regiões autónomas nos teatros de operações, no âmbito do “colapso de estruturas, a emergência médica pré-hospitalar, o combate a incêndios, as matérias perigosas, a evacuação da população”.
Os exercícios têm vindo a ser planeados desde outubro, com visitas aos locais e levantamento dos cenários, com o mínimo conhecimento por parte dos operacionais para garantir uma maior realidade e surpresa na atuação.
O Comandante aponta que são desde já esperadas “algumas lacunas, algumas áreas em que vamos ter que melhorar”, nomeadamente busca e resgate e acolhimento da população, que permitirá “melhorar todo o sistema no futuro”.
A participação da população nos exercícios permite “criar a consciência para o risco, e introduzir um conjunto de procedimentos daquilo que deve ser a própria iniciativa das pessoas” em termos de medidas de segurança e autoproteção.
No final, a atuação e cooperação entre as equipas dos territórios e as restantes equipas (de outros distritos ou países), será sujeita ao parecer de “uma equipa de avaliação que integra elementos nacionais e internacionais”.