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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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“Grande parte do programa governamental foi articulado com a esquerda mas não se fechou o arco da governação com a direita” (c/som)

O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 25 de junho, abordou aos microfones da Rádio Campanário o possível adiamento da medida que terminava com as taxas moderadoras, a problemática da lei de bases da saúde, o possível apoio do PSD ao PS em 6 dossiers até final da legislatura e ainda os sucessivos problemas no setor da saúde

Carlos Zorrinho considera que “nos próximos 3 a 4 meses vamos viver num contexto pré eleitoral, logo tudo aquilo que podem parecer avanços e recuos são no fundo comunicações em termos democráticos”. O eurodeputado refere que “uma lei após passar na assembleia da república não tem efeitos imediatos”, justificando este procedimento “com a chamada lei travão”.

O eurodeputado refere que “quando se exige todos os dias que exista mais dinheiro para o SNS, não se pode retirar de animo leve uma receita, sem que se encontre uma alternativa”. Na opinião de Carlos Zorrinho “esta altura pré eleitoral não é a melhor para que se façam grandes alterações”.

Relativamente ao tema da lei de bases da saúde, o eurodeputado refere que “mais importante do que quem apoia a lei de bases, é a lei de bases que se assina”. Carlos Zorrinho considera que “a lei de bases não deve ser chumbada só porque em determinadas situações prevê que se estabeleçam parcerias publico privadas”, acrescentando que “as PPP não são más por natureza, na maior parte dos casos têm sido mal negociadas”.

Carlos Zorrinho defende as PPP “numa lógica de complementaridade e não numa lógica de primeira opção”.

Naquilo que concerne ao Partido Socialista contar com o PSD para sustentar 6 dossiers até final da legislatura, o eurodeputado considera que “este governo tem um programa, tendo grande parte desse programa sido articulado com a esquerda”, no entanto “não se fechou o arco da governação com a direita”.

Carlos Zorrinho considera que “se em alguns pontos da governação a esquerda não está disponível para viabilizar, e se esses pontos são importantes e outros partidos estão dispostos a viabiliza-los, o importante é fazer as coisas acontecerem”.

Relativamente aos sucessivos problemas na saúde em Portugal, o eurodeputado considera que “existiu um enorme desinvestimento na saúde durante o governo anterior”, acrescentando que “estamos agora a recuperar do desinvestimento”. Carlos Zorrinho refere ainda que “é sempre preciso mais dinheiro para se fazerem mudanças”.      

     

 

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