Na manhã deste sábado, 29 de junho, decorreu em Santo Amaro a cerimónia de inauguração do memorial aos combatentes, assim como o descerrar da placa toponímica da Avenida dos Combatentes de Santo Amaro no Ultramar, na presença do Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.
A Campanário esteve presente e falou com o governante que afirma que “é extraordinário”, numa freguesia pequena como a de Santo Amaro, encontrar 146 nomes de filhos da terra que deram o seu contributo para o país, lutando na guerra colonial, no Ultramar.
Momentos como este, “lembramo-nos que não haverá família que não tivesse sido tocada por essa realidade que foi a guerra colonial”, havendo um “dever de memória”, de os recordar e de os homenagear.
“Em Santo Amaro cumpre-se o dever de memória, tomara que se cumprisse em todo o lado”
João Gomes Cravinho
O ministro afirma que, quando recordamos o nosso passado, “compreendemos melhor o nosso país e servimo-lo melhor”. Desta forma, todos os portugueses merecem que seja exercido o dever de memória, “não só os que foram combater”, mas todos os restantes, para que compreendam que “os portugueses que somos hoje, devemo-lo áquilo que foram os portugueses do passado”.
Manuel Valério, presidente da Câmara Municipal de Sousel, afirma a esta estação emissora que é com “muito orgulho” que neste dia inaugura este momento, “essencialmente pelas pessoas que lutaram nesta guerra”.
“Não houve aqui certamente nem filho nem neto que não tivesse combatido nesta guerra”
Manuel Valério
Este sentimento ganha dimensão, quando falamos da freguesia mais pequena do concelho de Sousel, aponta.
A presença na cerimónia do Ministro da Defesa Nacional, “representa bem a importância” destes 146 nomes, “e foi também uma forma de homenagear estas famílias”, conclui.
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