Irá decorrer de 27 a 31 de agosto mais uma edição do Festival do Crato, que promete voltar a encher as ruas da vila alentejana de festivaleiros.
A Rádio Campanário falou com Joaquim Diogo, presidente da Câmara Municipal do Crato, por forma a realizar uma antevisão aquele que já é um dos eventos do verão a nível nacional.
Joaquim Diogo começa por referir aos nossos microfones que “conseguimos um bom cartaz”, acrescentando que “este ano vamos ter uma nova dinâmica dentro do recinto do festival”.
O festival “é muito próprio, sendo diferente de todos os outros” refere o autarca.
“Penso que o cartaz vai responder ás expetativas de todos”
Joaquim Diogo
O autarca explica que “faz parte da mística do festival juntar no mesmo dia, pais, filhos, netos e avós”.
A edição deste ano, apresenta como nome maior Ivete Sangalo, estando no cartaz nomes como Gavin James, The gift, ProfJam, Pedro Abrunhosa, Gentleman, Gipsy Kings, entre outros, o que para o autarca “é um leque de oferta que vai permitir agradar a todos os gostos e que vai dos 8 aos 80”.
Para muitas autarquias é impossível apresentar cartazes com tantos nomes sonantes, nesse sentido a RC questionou Joaquim Diogo sobre como é possível atingir estes patamares.
Para o autarca são frutos de “muito trabalho, muita persistência e muitos anos”, lembrando que “são já 35 edições da feira de artesanato e gastronomia”, certame onde tudo começou.
Joaquim Diogo destaca o “acreditar de cada autarca que passou pelo concelho do Crato ao longo destes anos”, acrescentando que “todos os empresários do concelho acreditam que este festival é uma marca assumida”.
“O Festival do Crato é uma bandeira do nosso concelho e do nosso distrito”
Joaquim Diogo
A projeção que o Festival do Crato tem nos dias de hoje, só é possível “porque cada um dos festivaleiros fazem com este evento seja diferente, é um assumir daquilo que aqui investimos”.
Relativamente a questões de números, o autarca refere que “são públicos, como entidade pública temos de publicar todos os relatórios de contas”, acrescenta ainda que “não temos nada escondido”, o segredo “está nas pessoas, que o encaram como algo fantástico e espetacular”.
Sem referir diretamente se o festival é autofinanciado, o autarca considera que “mesmo que não se autofinancie, tudo aquilo que arrasta ao seu redor justificaria a existência do Festival do Crato”.
“O foco não deve ser a despesa, mas sim o festival em si”
Joaquim Diogo
O autarca refere que “toda a exposição mediática que o concelho do Crato tem na televisão, na rádio, nos jornais, quantifiquem quanto é que isso vale se tivesse de ser pago? E vão perceber apenas por aí que o festival é rentável”.
Tendo em conta todos estes afirmações questionámos o Joaquim Diogo sobre se a situação financeira da autarquia está bem e recomenda-se, ao que o presidente refere “sim, sem dúvida”, acrescentando que “fizemos uma recuperação financeira de cerca de 500 mil euros, o que nos permite equilibrar cada vez mais as contas”.