O Bloco de Esquerda entregou hoje, sexta-feira, no Tribunal de Évora, a lista de candidatos e candidatas pelo círculo eleitoral de Évora às Eleições Legislativas de 6 de Outubro. A lista é encabeçada por Bruno Martins.
O Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda para o Distrito de Évora encontra-se em construção, contando com o contributo de inúmeros cidadãos e cidadãs do Distrito, e será apresentado à população no próximo dia 4 de Setembro. Ainda assim, à saída do Tribunal, Bruno Martins destacou que o Programa assentará em 7 pilares:
- Saúde (recordou algumas das propostas apresentadas há umas semanas: a) a abertura do curso de medicina aliado ao novo Hospital Central do Alentejo; b) o estabelecimento de um regime de exclusividade ao SNS dos profissionais de saúde, com a respectiva revisão das carreiras; c) o reforço do número de vagas para formação especializada; d) o reforço das unidades de cuidados continuados)
- Mobilidade (destacou a necessidade da existência de ligação por transporte público entre todos os Concelhos em horários que sirvam as populações e a existência de um Plano Ferroviário Nacional que permita a ligação, pelo menos, entre todas as capitais do Distrito);
- Coesão Territorial e Serviços Públicos (recordou a necessidade de mais investimento público, defendendo um programa de reabertura gradual de serviços públicos nos territórios de baixa densidade, acompanhado de incentivos à fixação de trabalhadores do Estado nesses territórios, nomeadamente a reabertura de todos os postos de CTT e Tribunais. Defendeu, ainda, um programa de requalificação dos edifícios escolares do Distrito e o alargamento da oferta pública de Residências Universitárias em Évora)
- Um Distrito para os Mais Novos e para os Mais Velhos (destacou, a este nível, duas propostas: a) a abertura de oferta de educação pré-escolar nos Concelhos com défice na resposta e inclusão das Creches no sistema educativo, garantindo a sua gratuitidade; e b) o investimento e reforço da rede pública de serviços direcionados para a população mais idosa, apostando num modelo de Serviço de Apoio Domiciliário e de Centros de Proximidade)
- Ambiente (sublinhando a necessidade de defender a água enquanto recurso ecológico, económico e social, propondo a título de exemplo a necessidade de promover culturas menos exigentes em água e a devolução às Autarquias da Gestão Pública das Águas; e de uma nova política de gestão dos recursos geológicos do distrito que respeite a segurança dos trabalhadores e populações, o ambiente e as zonas protegidas)
- Transformar a Agricultura (defendeu a necessidade de inverter a lógica assente nos sistemas de produção intensivos e superintensivos, que colocam em causa a saúde pública e que degradam os recursos naturais. Defendeu a instituição do licenciamento para áreas de produção intensivas e superintensivas com avaliação de impacto ambiental obrigatória para áreas superiores a 50 hectares, a proibição de apanhas mecanizadas nocturnas e a promoção de produções agrícolas e animais extensivas, que garantam menores impactos ambientais e melhor qualidade de vida animal, valorizando os trabalhadores agrícolas)
- Valorizar o Património material e imaterial do Distrito, enquanto marca identitária e motor de desenvolvimento do território, não privatizável e apostando na sua recuperação enquanto responsabilidade do Estado.
Neste dia 4 de Setembro, o Bloco de Esquerda apresentará publicamente a sua lista, totalmente paritária, de candidatos, que aqui recordamos:
- Bruno Martins, 36 anos, Psicólogo
- Amália Oliveira, 53 anos, Bióloga
- Ricardo Caia, 21 anos, Estudante
- Cármen Calhau, 37 anos, Licenciada em Contabilidade e Finanças
- Graciano Leitão, 62 anos, Técnico de Informática
- Susana Gutiérrez, 48 anos, Musicoterapeuta
A mandatária desta candidatura é a Jurista Maria Helena Figueiredo.