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Alentejo é região mais envelhecida de Portugal, segundo dados do INE

Em 2018, a população total do Alentejo era de 707,4 milhares de pessoas (segundo o Inquérito ao Emprego do INE para 2018), sendo 48,2% homens e 51,8% mulheres. Esta é a região mais desertificada do país, representando mais de 1/3 do território nacional e apenas 7% da população portuguesa. É também a região mais envelhecida de Portugal, em que 25,4% da população tem 65 e mais anos (enquanto a média nacional é de 21,7%).

A taxa de iliteracia nas pessoas com mais de 60 anos já foi a mais elevada do país, e existe uma forte tendência para a melhoria deste índice, com a substituição de gerações. Existe também uma oferta diversificada de oportunidades de formação ao nível do ensino/formação profissional e do ensino superior.

A população empregada tem vindo a aumentar, mas a taxa de emprego continua a ser a mais baixa do país (52%). A taxa de desemprego é superior à média nacional, situando-se nos 7,2%, o que representou uma descida de 1,2 p.p. face ao ano anterior. O desemprego jovem (<35 anos) representa 44,6% do desemprego total da região.

Esta região tem a taxa de inatividade mais alta do país (43,9%) sendo esta população constituída em grande parte por reformados (42,4%).

No final de dezembro de 2018, estavam inscritos nos Serviços de Emprego da região 16.063 desempregados, 14% dos quais sem nenhum nível de instrução (média do Continente: 7%).

A maior parte do território da região é dedicada à agricultura (aliada, em regra, à criação de gado). Esta regista cada vez maior especialização e mecanização, facilitada pela maior dimensão das explorações agrícolas na região (com uma dimensão média de mais de 60 hectares). Predominam os cereais, as vinhas e o olival, as árvores de fruto, bovinos (“carne alentejana”) e suínos (“porco preto”) e, no Alentejo Litoral, grandes extensões de culturas de frutos como morangos, framboesas ou amoras. Também a silvicultura (e, em particular, o sobreiro e a extração de cortiça) é uma atividade de particular relevância económica para o Alentejo: esta é a região com a mais importante área de produção de cortiça do mundo.

Neste sentido, e apesar das perdas de emprego no setor da agricultura nos últimos anos, esta atividade tem vindo a crescer e representa já 1,51%, do emprego na região em 2018.

Esta é a 3ª região do país em que o setor secundário apresenta maior dinamismo, representando quase 17,8% da população empregada. Existe um certo nível de especialização industrial, associado aos ramos agro-alimentares (fabrico de queijo, vinhos e fumeiros, com certificação DOP), de produtos químicos e derivados do petróleo (estes últimos associados ao complexo industrial de Sines), componentes para automóveis e aviões e componentes electrónicos.

A barragem do Alqueva (maior lago artificial da Europa) foi um investimento chave na região, do ponto de vista da irrigação dos solos e da produção hidroeléctrica, tendo potenciado o crescimento do turismo e das atividades de lazer.

O setor dos Serviços foi o único em que o emprego cresceu relativamente ao ano anterior (+8.100 postos de trabalho), suportado sobretudo pelo aumento do emprego na Administração pública e defesa; segurança social; Educação; Atividades de saúde humana e apoio social (+7,4 mil postos de trabalho).

Os movimentos transfronteiriços na área de fronteira com Espanha não são muito significativos, excepção feita para os concelhos de Serpa e Campo Maior. Maioritariamente, os trabalhadores fronteiriços portugueses trabalham na Extremadura espanhola, nos setores do comércio e serviços e na agricultura.

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