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A História e a Bênção dos “Caminhos de Santiago Alentejo Ribatejo”, pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho

Um total de três percursos pedestres, que atravessam as regiões do Alentejo e Ribatejo, vai reforçar, em Setembro, a oferta dos Caminhos de Santiago, revelou à agência Lusa o presidente da entidade regional de turismo.
O projecto dos Caminhos de Santiago Alentejo Ribatejo, que está a ser desenvolvido e implementado pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR), atravessa 44 municípios a sul do Tejo e divide-se em três rotas distintas: Caminho Central, Caminho Nascente e Caminho da Raia.

A nova oferta turística foi apresentada, nesta quarta-feira, dia 4 de Setembro, na Igreja Matriz de Santiago do Cacém, no litoral alentejano.

A cerimónia, segundo a Turismo do Alentejo, contou, entre outros, com a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, a comissária do Jacobeu 2021, Cecília Pereira, e o responsável das pastas da Cultura e do Turismo na Junta da Galiza, Román Rodríguez González.

O lançamento oficial dos Caminhos de Santiago Alentejo Ribatejo, que foi acompanhado pelos responsáveis máximos das quatro dioceses das regiões, incluiu a apresentação do filme promocional e da história dos Caminhos, a conferência “A História e a Bênção dos “Caminhos de Santiago Alentejo Ribatejo”, pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, a Bênção dos “Caminhos de Santiago Alentejo Ribatejo”, pelo Bispo de Beja, D. João Marcos e debates sobre a dinamização dos caminhos e os desafios dos peregrinos.

A ERTAR pretende ainda lançar o “Livro do Peregrino”, que “será entregue nos diversos alojamentos” e no qual os caminhantes podem “deixar a sua mensagem e as críticas construtivas”.
A Turismo do Alentejo vai também “distribuir carimbos pelas diversas unidades, cafés e restaurantes por onde passa o percurso”, para “estimular a participação dos agentes privados” no projecto.

“É um produto diferenciador que permitirá que as estradas do Alentejo e Ribatejo possam ser percorridas em condições por muitos peregrinos até Santiago de Compostela [na Galiza, Espanha] e que os adeptos das caminhadas, num espírito religioso inerente, também o possam fazer”, realçou o presidente da ERTAR, António Ceia da Silva.
A iniciativa, num investimento de 400 mil euros apoiados por fundos comunitários, “visa resgatar a história e o simbolismo da fé e da espiritualidade para peregrinos e caminhantes”, com “experiências que permitem descobrir paisagens, hábitos e tradições populares e o património religioso existente no território”.
O Caminho Central, com um total de 19 etapas, atravessa os concelhos de Almodôvar, Castro Verde, Ourique, Odemira, Aljustrel, Santiago do Cacém, Grândola, Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Coruche, Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim, Azambuja, Cartaxo, Santarém e Golegã, numa extensão de cerca 570 quilómetros.
Quem optar por explorar o Caminho Nascente, com seis etapas, terá de percorrer os concelhos de Mértola, Beja, Cuba, Alvito, Viana do Alentejo, Évora, Estremoz, Sousel, Fronteira, Alter do Chão, Crato e Nisa (perto de 400 quilómetros).

Já o Caminho da Raia, percurso de orientação exclusivamente digital que só estará disponível em Dezembro, cruza os municípios de Mértola, Serpa, Moura, Mourão, Reguengos de Monsaraz, Alandroal, Vila Viçosa, Elvas, Campo Maior, Arronches, Portalegre, Marvão, Castelo de Vide, Nisa, ao longo de quase 310 quilómetros.
“São caminhos completamente distintos, com uma componente de fé, havendo zonas que passam por igrejas e monumentos”, e visam “um tipo de peregrinação distinta daquilo que estamos habituados a ver em relação a Fátima”, frisou.

“Os caminhos estão na lista indicativa da UNESCO apresentada por Portugal e representam um total de 1.400 quilómetros, dos quais 850 quilómetros estão sinalizados do ponto vista físico e os restantes são sinalizados de forma digital.

Arquidiocese de Évora 

 

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