Os sete municípios da Zona dos Mármores e Alqueva e a Infraestruturas de Portugal (IP) assinaram esta quarta-feira, 11 de setembro, um protocolo que visa a realização de um estudo para demonstrar a viabilidade de uma estação de cargas e descargas em Alandroal.
O Protocolo foi assinado na sequência da cerimónia de Consignação da Empreitada do troço ferroviário de 20,5 quilómetros entre Freixo e Alandroal, que integra o Corredor Internacional Sul (Sines-Caia).
Em declarações à RC, João Grilo, presidente da Câmara Municipal de Alandroal, destaca o “compromisso” entre a Infraestruturas de Portugal e os sete municípios para “em conjunto desenvolverem os trabalhos e os estudos necessários para demonstrar a viabilidade da Estação de carga e descarga de Alandroal”.
Para o autarca, a acontecer a estação neste concelho, “tem uma importância crucial para o concelho de Alandroal e para a região”, e frisa que “não é um projeto só do Alandroal”, mas sim um projeto para a zona dos mármores e Alqueva. Daí o envolvimento de várias autarquias, uma vez que “sentem que podem tirar benefícios para os seus concelhos”.
Estação de Cargas e Descargas em Alandroal “tem uma importância crucial para o concelho de Alandroal e para a região”
João Grilo
João Grilo sublinha que a estação é sinonimo de “um grande impulso” para a região e sobretudo para “as dinâmicas que já existem e que precisam de apoio”, e é nesse sentido que a estação surge como uma plataforma “fundamental no processo”. Exemplificando com o setor dos mármores que tem um impacto sobretudo a nível rodoviário, “o facto de se dissociar do transporte por camião se associar ao transporte ferroviário representa uma mais valia para a industria e é muito importante que possa acontecer”.
Através deste protocolo vai ser realizado “um estudo de viabilidade financeira e um estudo de viabilidade técnica” da Estação de Cargas e Descargas de Alandroal, explica o autarca João Grilo. No que respeita ao estudo de viabilidade financeira será executado pelos sete municípios que assinaram o protocolo e a IP e destina-se a provar ao operador “se é vantajoso instalar uma paragem”, enquanto o estudo de viabilidade técnica fica a cargo da IP que vai demonstrar que é possível transformar a paragem técnica prevista em alandroal em paragem de Cargas e Descargas.
Quanto aos custos, a IP “assume 50%” enquanto os municípios assumem o encargo da restante parte do estudo, explica o autarca, sublinhando que “não será um custo significativo para cada município”.
Questionado sobre o parecer do Governo, João Grilo diz que da parte do Governo “tem tido um feedback muito positivo”, mas ainda assim “não é motivo para não realizar o estudo” até porque “os Governos mudam”.
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