O Município de Serpa solicitou um esclarecimento ao Ministério da administração Interna acerca da tendência de redução de efetivos e horários de funcionamento nos postos da GNR do concelho.
A autarquia alentejana pediu ao Ministério tutelado por Eduardo Cabrita informação sobre o número atual dos efetivos no concelho e a evolução nos últimos dez anos, bem como sobre a criminalidade no concelho, depois de uma reunião entre o Executivo e o Comando Territorial de Beja na passada sexta-feira.
Na origem da reunião estão “conversas que vão surgindo no que diz respeito a alguma reorganização e alteração do horário de funcionamento”, tendo o Comando Territorial de Beja confirmado “algumas alterações em curso” no Posto Territorial de Serpa, disse à RC o autarca Tomé Pires.
Assim o Município de Serpa entendeu “questionar o Ministério da Administração Interna para que nos deia os números exatos do que tem vindo a acontecer nos últimos anos” para que possam “tomar uma posição em relação a estas alterações que têm resultado sempre numa redução do efetivo e de horários dos postos”, acrescentou o autarca.
Tomé Pires reconhece que o concelho de Serpa tem perdido alguma população residente, mas afirma que nos dias de hoje o trabalho sazonal “aumentou em muito a circulação de pessoas fora dos perímetros urbanos”, motivo pelo qual afirma que “não se justifica, do nosso ponto de vista, a redução sistemática de efetivos”.
Questionado sobre o número de militares da GNR no concelho, Tomé Pires explica que “na reunião não tivemos acesso a esses dados”, por isso foi decidido pedir um esclarecimento ao Ministério da Administração Interna.
No que concerne às condições oferecidas aos militares da GNR, Tomé Pires relembra que, embora a Câmara Municipal não tenha qualquer responsabilidade no que respeita à segurança, “alguns dos edifícios onde funciona a GNR são da autarquia e sempre que nos é solicitada alguma parceria estamos sempre disponíveis”.
“Hoje em dia estão em Serpa três edifícios da Câmara afetos à GNR”, frisou o autarca, o antigo posto que ainda está a funcionar, o edifício cedido para o novo posto que viu recentemente iniciadas as obras e outro que serve para alguns militares pernoitarem.