14.8 C
Vila Viçosa
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Rui Rio em campanha em Évora e Beja defende o reforço do investimento para o Alentejo

DR

Num almoço com empresários numa adega na Vidigueira, distrito de Beja, Rui Rio foi interpelado por um jovem agricultor e engenheiro agrónomo que confessou admirar a “seriedade” do líder do PSD. Rui Rio respondeu que enquanto “Presidente do partido é o mesmo que o candidato a Primeiro-Ministro, mas acima de tudo, é o mesmo que esteve 12 anos na Câmara Porto, ligeiramente mais velho e com um bocadinho mais experiência”.

Num dia de campanha totalmente dedicado ao Alentejo, esta quarta-feira, o líder do PSD deixou elogios ao presidente da distrital do PSD de Beja, Gonçalo Valente e Henrique, e ao cabeça de lista por Beja, Henrique Silvestre. “De experiência a minha chega e sobra, o que queremos é pessoas que venham sem tiques nem manhas”, referiu.

Rui Rio defende o reforço do investimento para o Alentejo, em particular nas ligações ferroviárias e rodoviárias para potenciar os investimentos já existentes na região, como o aeroporto de Beja, e questionou por que razão não abrem os troços já concluídos de autoestrada. “Uma autoestrada que está feita, 12 quilómetros que estão feitos, estão acabados há não sei quanto tempo. Estão acabados e não abrem? Não abrem porquê?”, interrogou.

O cabeça de lista Henrique Silvestre disse temer que o Alentejo “vire um deserto” devido ao despovoamento do interior, e manifestou vontade de querer ser “uma voz ativa” na Assembleia da República para impedir que tal aconteça.

Rui Rio visitou a adega da Ribafreixo, que exporta “cerca de 40% da sua produção”, local onde ficou a conhecer o processo de produção dos vários vinhos até chegar à garrafa.

Durante a tarde, já no distrito de Évora, a comitiva fez uma viagem de 20 minutos na Albufeira do Alqueva, no rio Guadiana. A acompanhar a caravana estavam dirigentes locais, empresários da agricultura e pecuária, e dezena e meia de jornalistas que acompanharam o passeio. Em tom de brincadeira, o Presidente do PSD afirmou ser mais “difícil de conduzir o País” do que o barco “Porto de Rei”, uma embarcação de construção nacional e dirigida a passeios turísticos. Enquanto o barco avançava, numa zona “mais ou menos a meio da barragem”, Rui Rio sentou-se à mesa com três agricultores e criadores de gado, para falar de regadio e das suas preocupações para o futuro. Sobre o objetivo desta iniciativa, Rui Rio apontou que “tem a obrigação de ouvir quem sabe e depois fazer o balanço”.

Durante uma arruada no centro da cidade de Évora, o líder social-democrata comentou as declarações do secretário-geral do PS sobre as quotas de entrada de imigrantes. O Presidente do PSD preconiza “uma estratégia para a imigração” e recusou “fundamentalismos de estar completamente contra” ou de pôr Portugal de “portas escancaradas”. “Porque nós temos um desequilíbrio demográfico, temos falta, inclusive, de mão de obra, portanto nós termos uma estratégia para a imigração é algo que serve os imigrantes, quem quer vir para cá trabalhar, e serve também o país, que precisa de uma mão de obra que não tem cá. Nem fundamentalismos de estar completamente contra, nem fundamentalismos das portas escancaradas, a imigração tem de ser um bom negócio no sentido positivo do termo, quer para quem quer vir, quer para o próprio país”, sublinhou.

A caravana percorreu depois o centro de Évora, onde Rui Rio distribuiu lápis, conversou com comerciantes e populares, juntou-se a uma tuna académica e ainda ouviu o tradicional cante alentejano. A arruada começou junto ao Templo de Diana e acabou por durar quase uma hora, entre entradas em lojas de comércio local e cumprimentos a populares, entre os quais o antigo vice-presidente da Assembleia da República, Guilherme Silva. “Como ganhámos na Madeira, vim aqui dar uma ajuda. Não vai ser também com maioria absoluta, mas vamos ganhar”, expressou o ex-deputado social-democrata.

Na descida até à Praça do Giraldo, Rui Rio saudou um grupo de reformadas no café a quem pediu que não digam que, se o PSD for Governo, irá cortar as suas reformas. “Era o que faltava, senão qualquer dia estava a cortar a mim próprio, também já não estou longe”, afirmou.

Populares