Ao longo das últimas décadas, surgiram inúmeras barragens na região Alentejo, sendo a mais notória o Alqueva, visando a instauração de sistemas de regadio que colmatem as necessidades locais de água, tanto no âmbito agrícola e pecuária, como de abastecimento às populações.
Em declarações a esta estação emissora, José Núncio, Presidente da Fenareg (Federação Nacional de Regantes de Portugal), defende um plano a largo prazo para a instalação de barragens, garantindo uma continuidade neste processo.
Sendo a água um recurso escasso na região Alentejo, e havendo baixa disponibilidade de água a nível dos lençóis freáticos (subterrânea), na FENAREG “defendemos que devemos aproveitar ao máximo o recurso em superfície”, através da construção de barragens, aponta.
“Temos que ter sempre em atenção que só pode haver regadio onde houver disponibilidade de água”
José Núncio
De acordo com o contributo da Fenareg para a Estratégia Nacional de Regadio, defende “uma estratégia a mais largo prazo”, considerando que “algumas barragens têm sido feitas, mas sentimos que é tudo avulso”, surgindo “no momento determinada região que conseguiu aprovar determinada barragem ou perímetro de rega”, mas sem plano global de execução.
O presidente da Fenareg aponta que os estudos já existem, e que “deve haver um objetivo a 50 anos, a largo prazo” para que cada Governo que tome o poder lhe dê seguimento.