A construção da Barragem de Alqueva, o maior lago artificial da União Europeia, permitiu ao Alentejo ser mais constante na produção de olivais, frutas e gado.
Longe vão os tempos em que as culturas de cereais dominavam a região, hoje, a criação de gado, o vinho e o enoturismo assumem papel de destaque nas grandes propriedades do Alentejo.
Esta mudança atraiu investidores estrangeiros e o preço do hectare de terra aumentou nos últimos anos.
Os Alentejano procuram assim aumentar os seus negócios no mercado externo e vislumbram no Brasil uma região de grande potencial.
O mercado brasileiro é o principal comprador de azeite alentejano, surgindo agora a aposta em aumentar as exportações de vinho para terras de Vera Cruz.
O Chile domina as exportações de vinho para o Brasil, mas no seio dos empresários portugueses existe a convicção que Portugal pode vir a ocupar esse lugar, contando para isso com os renomeados vinhos do Alentejo.
Vitor Nunes, gerente de exportação da Cartuxa, da Fundação Eugénio de Almeida, citado pela Folha de São Paulo, prevê que Portugal consiga a liderança das exportações de vinho para o Brasil num prazo máximo de 10 anos.
O principal entrave a este ‘assalto’ à liderança chilena, prende-se com a elevada carga fiscal, que permite ao Chile preços mais competitivos. No entanto, o acordo entre a União Europeia e a Mercosul pode abrir ainda mais as portas do mercado brasileiro.