A Assembleia Municipal de Serpa aprovou, no passado mês de outubro de 2019, por unanimidade, uma moção onde exigem ao Governo e à GNR a reposição das necessárias condições de segurança, nomeadamente através do reforço de efetivos, ou no mínimo, a manutenção das atuais condições de segurança no concelho.
Neste sentido e passados 4 meses sobre a aprovação da referida moção, procurámos saber qual o ponto da situação junto de Tomé Pires, presidente da Câmara Municipal de Serpa.
O autarca começa por referir que “não temos números concretos” do número de efetivos em falta, mas “sabemos que os postos da GNR no concelho têm um horário cada vez mais reduzido”.
Tomé Pires considera que “daquilo que é visível notamos uma presença cada vez menor da GNR nas ruas”, exemplificando com “a campanha da azeitona que terminou recentemente, onde não foi visível a presença da GNR”.
O presidente reconhece o “esforço e dedicação” do efetivo presente, acrescentando que “eles fazem o trabalho que têm de fazer”. No entanto “as dificuldades que notamos passam pela falta de meios humanos e viaturas”, o que “os impede de fazer um trabalho ainda melhor e de maior proximidade”.
O edil afirma que “temos vindo a reivindicar junto do Ministério da Administração interna esta situação da falta de meios”, pois “consideramos essenciais para que para a GNR possa desenvolver a sua atividade no nosso concelho”.
Tomé Pires destaca que “os postos da GNR do concelho estão com um horário semelhante ao comércio, ou seja, não funcionam 24H por dia”, referindo que “isso não pode acontecer, falamos da segurança das pessoas e dos bens”.
Questionámos o autarca sobre qual a justificação dada pelo Governo para que os postos não funcionem normalmente, ao que nos foi dito “a resposta é que não têm meios suficientes, obviamente que somos obrigados a concluir que faltam efetivos”.