Para a construção da nova linha férrea entre Évora e Elvas vai ser necessário o corte de 297 sobreiros e 1375 azinheiras. Quase 50 hectares cobertos por montado de sobro e de azinho vão ter as suas árvores retiradas para que seja possível a passagem da linha de caminho-de-ferro entre Évora e Elvas.
Esta decisão foi tomada pelos ministros do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) e das Infra-estruturas e da Habitação (MIH) ao publicarem, no dia 9 de março, o Despacho nº 3227-A/2020 em Diário da República.
No sumário do despacho pode ler-se que é declarada a “imprescindível utilidade pública do abate de 46,6 hectares de povoamentos das espécies sobreiro e azinheira, localizados ao longo do percurso da obra da ligação ferroviária entre Évora Norte e Elvas/Caia, lote B, linha de Évora, subtroço Freixo/Alandroal, abrangendo várias freguesias dos concelhos do Redondo, Vila Viçosa e Alandroal.”
Numa análise mais pormenorizada serão abatidos 107 sobreiros adultos, 190 sobreiros jovens, 1040 azinheiras adultas e 335 azinheiras jovens, nos cerca de 46,6 hectares de povoamentos daquelas espécies ao longo do percurso da obra localizados nas várias freguesias dos concelhos anteriormente referidos.
A Infra-estruturas de Portugal “não apresentou proposta de medidas compensatórias”, sendo que, encontra-se em fase de definição os locais que irão ser destinados às arborizações com azinheiras e sobreiros.