A estação de amarração do cabo submarino do consórcio EllaLink está a ser construída, desde o final de março, na ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines, gerida pela aicep Global Parques.
A estação, uma “cable landing station”, na designação internacional, é a primeira instalação a nascer no SinesTech, área dedicada da ZILS que se pretende que venha a dar um impulso ao setor tecnológico em Sines e em Portugal.
Vindo de Fortaleza, no Brasil, o cabo da EllaLink atravessa o Atlântico, numa extensão de 10 119km, e entra em território europeu via Sines, território que se revelou estratégico para o consórcio promotor não só pela sua localização na fachada atlântica, mas também por fatores como a disponibilidade de energia e terrenos e a facilidade de ligações a centros como Madrid e Marselha.
A capacidade de transmissão de dados que este cabo vai oferecer, 72 terabits por segundo, com baixa latência, torna-o uma grande oportunidade para Sines se tornar um polo de atração de empresas dos setores das telecomunicações e dos centros de dados.
Em comunicado do município, o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, diz que o arranque desta obra representa “o início da concretização de um projeto que, indiscutivelmente, vai qualificar o ecossistema empresarial de Sines e da região”.
“O porto e os clusters da energia e da petroquímica são fundamentais para Sines, mas temos de continuar a diversificar a nossa economia. O setor tecnológico, baseado em inovação e conhecimento, sem pressão ambiental, tem de ser também o futuro de Sines. Felizmente, esse futuro já não é uma miragem. Começa agora.”
De acordo com a programação da EllaLink, o cabo submarino deverá começar a operar no final de 2020.