Em entrevista à RC o Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, esclarece sobre a situação da pandemia COVID-19 na região.
“Neste momento temos cerca de 220 pessoas consideradas com teste positivo, cerca de 12 doentes internados, um doente em Unidade de Cuidados Intensivos e um falecimento a lamentar”, explica o José Robalo, frisando que estes são valores relativos a toda a região Alentejo.
O trabalho de saúde pública na região tem sido “muito significativo” e sobretudo na contenção da pandemia. Refere que “ainda se conseguem identificar as pessoas que tiveram contacto com estes casos positivos e a orientação é ficarem em quarentena para ver se surgem alguns sintomas ou, eventualmente, fazer o teste para se poder excluir essa infeção”.
Relativamente ao desfasamento dos números que surgem no relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS) com o número real de casos de que se tem conhecimento na região, o presidente da ARS Alentejo explica que se deve à necessidade de haver uma conjugação de duas confirmações para que os casos sejam validades e que apenas após isso surgem nos relatórios da DGS.
“Para serem considerados pela DGS os casos têm de ser notificados numa base de dados, que se chama SINAVE, pelo médico assistente e também pelo laboratório que fez a análise e só depois desta conjugação é que surge o caso como validado pela DGS. Este trabalho obriga a algum atraso na notificação por parte da DGS relativamente aos casos. Mas o que é publicado são os números oficiais e esses obrigam a esta notificação dupla, por parte do médico de família ou médico assistente e por parte dos laboratórios. Após a conjugação destas duas notificações é que surge a validação por parte da saúde pública e da DGS que faz com que no dia seguinte surjam os casos que foram reportados”, esclarece.
