Em entrevista à RC, Rogério Santos, Comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Évora (AHBVÉ) faz um balanço daquilo que foi o trabalho realizado durante o período de Estado de Emergência em que Portugal esteve até 2 de maio.
O Comandante diz que este balanço “por um lado é positivo” pois não houve qualquer caso suspeito, nem confirmado no corpo de bombeiros e foram sempre cumpridas todas as regras da Direção-Geral de Saúde.
Explica que “tentámos cumprir o afastamento social tanto com os doentes, como uns com os outros, criámos um sistema, que foi um esforço de todos os bombeiros assalariados da associação, pois ficámos com uma bolsa de voluntários em stand-by e criámos equipas com profissionais da associação e foi um esforço enorme da parte deles pois tiveram de estar longe das famílias” mas agradece por todo o empenho e dedicação.
Conta que houve alguns problemas e dá como exemplo o sistema de hemodiálise pois “criou grandes constrangimentos a nível de transporte” mas que tudo foi possível de se fazer.
O comandante revela que o estado de calamidade vai ser mais complicado a nível de contacto social, pois irão estar “mais de 10 homens ao serviço todos os dias e não temos espaços físicos para separá-los”.
Termina referindo que a partir de agora sente que as coisas estão a voltar à normalidade pois já “começamos a ter muitos serviços de CODU” (Centro de Orientação de Doentes Urgente) e que com a abertura do comércio e outros serviços “vamos começar a ter o que é normal em todas as cidades, vamos ter mais acidentes, mais incêndios, as pessoas começam a ter um dia normal”.