A cidade de Borba, no distrito de Évora, é a segunda mais envelhecida do país com 230 idosos para cada 100 jovens, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
De acordo com o relatório “Cidades Portuguesas: Um retrato Estatístico”, com dados relativos a 20122 e agora divulgados, o índice de envelhecimento, que relaciona a população com 65 ou mais anos com a população entre 0 e 14 anos, é menor no total das 159 cidades portuguesas (118 idosos para cada 100 jovens do que no total de país (128).
Gouveia no distrito da Guarda é a cidade que apresenta o índice mais elevado (246), seguido de Borba (230), Porto (194) e Lisboa (183).
António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba considera que são números preocupantes, ainda mais quando se trata de uma zona do interior do país.
O autarca diz que “é necessário cada vez mais lares do que infantários”, realçando que “em Borba os idosos são bem tratados, temos uma associação de reformados que funciona bem, temos o lar da Santa Casa da Misericórdia que faz outro tipo de trabalho, a câmara apoia com a festa de Natal do idoso, passeios através das Juntas de Freguesia e uma tentativa de proximidade constante”.
“Se alguém está mal tentamos resolver”, refere.
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Já as cidades do Caniço e Câmara de Lobos, ambas na Região Autónoma da Madeira, são as mais jovens do país, com 31 e 36 idosos para cada 100 jovens, respetivamente.
Na relação das cidades com menor índice de envelhecimento seguem-se a Póvoa de Santa Iria (Lisboa), com 40 idosos para cada 100 jovens, Ribeira Grande (São Miguel, Açores), com 45 e Gandra (Paredes), com um índice de 49.
Por região, o conjunto das 17 cidades da região de Lisboa apresenta o maior índice de envelhecimento do país, ali residindo 135 idosos com mais de 65 anos para cada 100 jovens.
As cidades da Região de Lisboa superam o total nacional (128), o das cidades portuguesas (118) e também o índice de envelhecimento da própria região (117).
De acordo com os mesmos dados, as 21 cidades alentejanas situam-se, também, acima do total nacional das cidades, com 127 idosos para cada 100 jovens, a exemplo das 43 cidades do Centro do país que registam, no total, 121 idosos para cada 100 jovens.
O relatório do INE indica ainda que a proporção de pessoas com 65 ou mais anos a viverem sozinhas é “ligeiramente inferior” nas cidades (9,7 %) face ao total do país (10,1%).
Neste indicador, acima da média das cidades e do total do país está, igualmente, o conjunto das 21 cidades do Alentejo com 10,9 por cento.