No Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, estão internadas catorze crianças com COVID-19. Do total, duas estão em cuidados intensivos com doenças crónicas graves, referiu ontem Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde explicou, na conferência de imprensa diária de ontem, que “o Hospital tem neste momento 14 crianças internadas. Três destas crianças vieram de outra região, do Alentejo, e uma criança é oriunda de um país dos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]”.
Segundo Graça Freitas, das duas crianças que estão na Unidade de Cuidados Intensivos, uma tem uma doença renal crónica grave e a outra uma doença hematológica grave. Estas crianças estão nos “cuidados intensivos, mais pela sua doença de base, pelo menos uma delas, que está descompensada”, frisou.
Questionada sobre a relação do número de crianças internadas com o desconfinamento, Graça Freitas referiu que “é muito prematuro” afirmar isso “até porque o Hospital Dona Estefânia recebe crianças de várias origens”.
“Isto são variações em relação a outros dias em que já houve nove, 10 casos, hoje temos 14, mas não podemos tirar daqui uma ilação direta se se deve ou não ao desconfinamento”, salientou, adiantando que é preciso “ver como é que estas crianças vão evoluir”.
Segundo a diretora-geral da Saúde, a evolução do número de infeções em crianças em Portugal está “a acompanhar o movimento de todo o resto do país” em que “a tendência é francamente decrescente”.
“Exceto estas três crianças do Alentejo que estão internados no Hospital Dona Estefânia, mas que já estavam, não são casos que aconteceram nas últimas horas, o internamento em pediatria está a seguir exatamente a mesma tendência”, explicou.
