O Município de Montemor-o-Novo exigiu, esta sexta-feira, a reposição dos serviços públicos no concelho, apontando em particular os da área da saúde, na sequência da pandemia de COVID-19.
Segundo avança a Agência Lusa, numa posição tomada na mais recente reunião do executivo municipal, a autarquia recusou “qualquer tentativa de diminuir os serviços de saúde” prestados à população do concelho e decidiu solicitar esclarecimentos à Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo relativamente a esta matéria.
A Câmara Municipal insistiu também na “urgência” de contratação de trabalhadores para suprir as necessidades do concelho ao nível de saúde, cujos serviços foram “encerrados ou limitados” devido à pandemia.
“O trabalho administrativo de uma extensão de saúde não pode continuar a passar pelos funcionários das juntas de freguesia e as populações, sobretudo os mais idosos, isolados e com doenças crónicas, não podem ficar sem consultas médicas ou continuar a fazê-las por telefone”, lê-se num comunicado do município, citado pela Lusa
Manifestando solidariedade aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e às juntas de freguesia, a autarquia mostra-se também preocupada com “informações surgidas na freguesia de São Cristóvão e de Cabrela, de que a médica afeta a estas extensões não vai voltar”.
“Estamos a falar de freguesias com população idosa, na sua maioria, e que distam bastante da sede de concelho, que por motivos óbvios não podem ficar sem médico de família”, aponta o documento.
Recordando que, “a agravar toda a situação, foram restringidos ou eliminados os transportes públicos das freguesias rurais”, o que “impossibilita” as populações de se deslocarem para a sede de concelho para tratar de assuntos médicos, a autarquia considera que os serviços de transporte entretanto repostos continuam a ser “manifestamente insuficientes”.