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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Investigador destaca Vila Viçosa como “bom ponto de partida” para os turistas portugueses

Foto: Correio do Ribatejo

O Investigador em Bioquímica Miguel Castanho escreveu, num artigo de opinião para o jornal “Correio do Ribatejo”, que Vila Viçosa “é um bom ponto de partida” para os portugueses lançarem-se numa aventura de “conhecerem o Portugal de escassos turistas e raros… portugueses”, ligada à vontade dos portugueses de “retomar um rumo contornando a pandemia”.

“Não é só a imponência arquitetónica e cultural do Paço Ducal, não é só a gastronomia alentejana e não são só os mármores: Vila Viçosa tem um simbolismo próprio que lhe dá um relevo especial nesta altura. Os primeiros casos de Gripe Espanhola registados em Portugal em 1918 ocorreram em Vila Viçosa. Foi o início de um calvário para o nosso país, que não teve comparação em todo o século que se seguiu. Uma devastação que expôs as fragilidades de um país sem infraestruturas e com cerca 2/3 da população analfabeta”, escreve Miguel Castanho.

O Investigador em Bioquímica descreve que “no Paço Ducal de Vila Viçosa, a chamada Sala das Virtudes tem ilustradas oito virtudes fundamentais; para além das sete clássicas (castidade, caridade, temperança, diligência, paciência e benevolência), tem uma oitava que ombreia com as restantes: a sabedoria/conhecimento. A eleição desta oitava virtude não foi espúria; em Vila Viçosa chegou a haver um observatório astronómico e chegou a ser autorizada pelo Papa a instalação de uma universidade”.

“A monarquia não foi consequente com o seu louvor à oitava virtude e a brevidade do ideal republicado não lhe permitiu prosperidade. O Estado Novo seria mais um longo adiamento. Tardou a cumprir-se a oitava virtude em Portugal. Cem anos depois da passagem da Gripe Espanhola, em 1918/1919, temos a passagem de uma nova pandemia e nunca tanto se esperou da oitava virtude como agora. É tempo de escutar as histórias que Vila Viçosa guardou em solidão e tem agora para contar”, aconselha Miguel Castanho.

Pode ler aqui o artigo na integra.

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