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“A Batalha de Montes Claros é um símbolo da nossa liberdade e independência” – Ministro da Defesa Nacional em Borba. C/ fotos

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, presidiu, esta segunda-feira, 17 de junho, à cerimónia evocativa da Batalha de Montes Claros, realizada junto ao Padrão de Montes Claros em Borba. Durante o evento, foi descerrada uma placa alusiva à inauguração do Terreiro Interpretativo da Batalha de Montes Claros.

A Rádio Campanário marcou presença e registou o discurso do ministro, que destacou a importância histórica e simbólica da Batalha de Montes Claros, a última das cinco grandes vitórias de Portugal contra os espanhóis nas guerras da Restauração.

“A Batalha de Montes Claros, é sabido, foi a última das cinco grandes vitórias de Portugal contra os espanhóis nas chamadas guerras da Restauração. Orgulhemo-nos com justiça de todos os feitos alcançados que ao longo da nossa história nos garantiram liberdade e independência. Mas se assim é, devemos recordar, a começar pelo custo medido pelo sangue vertido de tantos até à dádiva suprema da própria vida,” afirmou Nuno Melo.

O ministro sublinhou a importância de perpetuar a memória dos sacrifícios feitos pelos combatentes portugueses. “Será certamente esse o sentido do que se perpetua no padrão memorial alusivo à batalha, travada há 359 anos, onde se lê: ‘Pede-se que Deus nosso Senhor conceda descanso eterno aos que morreram e se acharam na batalha de Montes Claros e a conservação da paz pela mão divina que foi conseguida pelo sangue que foi derramado.’”

Nuno Melo enalteceu ainda a relevância do monumento mandado edificar pelo Príncipe Regente D. Pedro, destacando o papel das autoridades locais e das fundações envolvidas na preservação da memória histórica. “Agradeço nessa medida o empenho das autoridades locais, personificadas na figura do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Borba, bem como da Fundação da Batalha de Aljubarrota e da Fundação Henrique Leote. É importantíssimo o papel que assumiram.”

O ministro aproveitou a ocasião para reforçar a importância das Forças Armadas na história e na soberania nacional. “Hoje, como ao longo de quase nove séculos, as Forças Armadas são a primeira expressão de soberania e a última fronteira da nossa independência. A luta pela liberdade é um esforço permanente de Portugal e dos portugueses.”

Referindo-se à atualidade, Nuno Melo comparou a luta pela independência de Portugal no século XVII com a luta pela liberdade de outros povos no século XXI, mencionando especificamente o conflito na Ucrânia. “Quando Portugal se coloca do lado dos ucranianos, coloca-se do lado da democracia e da liberdade, contra aqueles que neste momento da história, como em tantos outros, oprimem e violam o direito internacional.”

O ministro concluiu o seu discurso reforçando a necessidade de investir nas Forças Armadas. “Investindo nas Forças Armadas do presente e do futuro, honraremos a memória e o legado de todos quantos combateram pela pátria portuguesa também em Montes Claros. Ficaremos melhor preparados igualmente para assegurarmos a nossa independência, num processo que é contínuo, como sempre queremos, em democracia e em liberdade.”

A cerimónia foi um momento solene de homenagem e reflexão sobre o passado, presente e futuro da defesa e soberania de Portugal.

Reportagem: Augusta Serrano

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