No passado mês de outubro começaram a surgir casos de COVID-19 no concelho de Borba, que subiram de forma muito rápida, levando ao encerramento do Agrupamento de Escolas de Borba e do Centro de Saúde.
Devido a essa subida repentina e ao grande número de casos que o concelho contabilizava, a 31 de outubro o Governo colocou-o entre os 121 concelhos de maior risco e que iriam ter medidas mais restritivas, que se agravaram com a entrada em vigor do Estado de Emergência a 09 de novembro.
Este surto no concelho atingiu praticamente todas as freguesias e uma delas foi a de São Tiago de Rio de Moinhos.
Em declarações à Rádio Campanário o presidente desta junta de freguesia, Francisco Rijo, à margem das gravações para o projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, falou sobre a situação pandémica na região e no país.
Francisco Rijo explica que “Rio de Moinhos passou uma fase um pouco complicada nessa situação, tivemos, infelizmente, talvez superado as quatro dezenas de infetados, mas aos poucos fomos recuperando”.
Neste momento a freguesia está a regressar “à normalidade”, mas tendo ainda “duas ou três pessoas infetadas”, tendo as restantes recuperado.
Questionado se após este surto, que ainda se faz sentir no concelho, a população ficou mais sensibilizada e mais cuidadosa para com a situação pandémica atual, o presidente da junta de freguesia acredita que sim, lamentando, porém que “que foi preciso chegar a este ponto”.
Francisco Rijo afirma que “enquanto sociedade fomos um pouco culpados dessa situação, porque talvez abusássemos um pouco quando nos devíamos resguardar mais”.
“Infelizmente tocou-nos a nós diretamente, deixámos de ter números para passar a ter nomes e então ajuizámos um pouco mais sobre quão grave é a situação”, frisa.