O eurodeputado Carlos Zorrinho no seu comentário desta terça-feira, dia 22 de novembro, falou sobre a divida de Portugal que regista 133%, sendo a quinta mais alta do mundo, a Operação Marquês que segue o rasto das escutas destruídas de José Sócrates, o pagamento do adicional do IMI pelos bancos e as eleições em França.
Sobre a divida de Portugal, Carlos Zorrinho diz que neste momento, o principal problema da nossa economia, “é a divida acumulada, não apenas pelo valor em si”, já que “há outros países como os Estados Unidos que têm dividas maiores, mas um terço daquilo que produzimos em riqueza, anualmente, é para o serviço da divida e é algo que é muito forte”.
Salienta que “na verdade”, a tendência da divida “é para começar a travar”, uma vez que “tem crescido muito pouco nos últimos tempos”, afirmando que “decresceu muito mais nos anos em que houve mais austeridade, mais sacrifícios, mais cortes e há uma tendência positiva, mas ainda é um grande problema da nossa economia (…)”.
A Operação Marquês também foi comentada pelo eurodeputado, referindo que “é espantoso que dois anos depois, nada se tenha provado do ponto de vista da justiça”, acrescentando que “José Sócrates já esteve preso preventivamente vários meses e não tenha sido acusado de nada, mas a novela continua a vender jornais e agora andam à procura de escutas destruídas, mas se elas foram destruídas como é que elas podem ser encontradas (…)”.
Relativamente ao pagamento do adicional do IMI pelos bancos, Carlos Zorrinho expressa que “é um problema, mas é também um contributo. O que é preciso é as pessoas compreenderem que esse adicional de IMI vai ser canalizado para a ação social, para diversificar as fontes de financiamento da segurança social e isso também é importante. Por outro lado, o facto dos bancos pagarem o adicional do IMI, a tendência será para que eles queiram ter menos imoveis e querendo ter menos imoveis, coloquem mais imoveis no mercado e os tornem mais acessíveis (…)”.
As eleições em França na opinião de Carlos Zorrinho, não lhe trazem entusiasmo “pela possibilidade da segunda volta, mas tudo indica que o François Baynou tenha mais hipóteses que Alain Juppé”, tendo, no entanto, ficado “particularmente contente com a derrota Nicolas Sarkozy (…)”.