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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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A entrevista exclusiva de Cuca Roseta à Rádio Campanário (c/som)

Em entrevista exclusiva à RC por ocasião das Festas em Honra de Nossa Senhora em Alandroal, a fadista Cuca Roseta afirma que no Alentejo “há mais música” e que gosta muito de atuar na região.

Sobre o seu percurso e a forma como conseguiu alcançar o sucesso, Cuca Roseta declara que acredita “um bocadinho que é o destino, mas também a entrega, o sacrifício, o trabalho e a paixão”.

Defende que quando existe amor por aquilo que se faz, “mesmo quando é preciso sacrifício, as novas oportunidades vão surgindo”, sendo que a artista soube agarrar aquelas que a vida lhe foi apresentando, mantendo o sorriso sem acusar cansaço.

“Quando cantamos a nossa história de vida, damos qualquer coisa mais, entramos dentro de uma verdade e acontece uma magia”
Cuca Roseta

A vida de fadista, aponta, “não é tão fácil como as pessoas pensam porque exige muito do nosso corpo”. Por outro lado, “tem este lado maravilhoso de trabalhar com arte e com música que é muito apaixonante”.

Questionada sobre as caraterísticas que tornam o seu fado diferente, afirma que o segredo é ser ela própria. Sendo apaixonada por fado tradicional, as suas composições “cheiram a fado, mas também a outros géneros” que a influenciam, como a música clássica, a música tradicional portuguesa, o jazz ou o blues.

O facto de escrever as suas músicas permita que seja “mais fácil chegar à verdade”, diz, declarando que quando contamos a nossa história “é quando chegamos e tocamos os outros”.

A sua inspiração para compor “vem de momentos que me sinto plena e serena, e é sempre um momento de luz”, aponta.

“Os meus concertos são sempre muito fortes emocionalmente”
Cuca Roseta

Questionada de considera que a sua beleza lhe abriu portas, a fadista declara – “para mim acho que fechou no fado, inicialmente”. Recorda o seu percurso inicialmente atribulado, em que muitas vozes se levantam a dizer “que só era bonita e que não cantava bem”. Atualmente, tendo conquistado o seu local, “acho que as pessoas já reconhecem o meu trabalho e hoje em dia a beleza começou a ser uma mais valia”, conclui.

Apontando que nunca gostou dos tons escuros ou roupas tradicionalmente associadas ao fado, conclui declarando que “o que a fascina no fado” é a entrega total “do lado superficial a esta história que vem de algo que é interior”.

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