A 34.ª edição da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), foi ontem inaugurada, após dois anos de interrupção devido à pandemia de covid-19, e contou com a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel e de diversos autarcas e entidades da Região Alentejo.
Numa organização da Câmara Municipal de Estremoz, a vertente da agropecuária conta como habitualmente com a organização da Associação de Criadores de Ovinos da Região de Estremoz (ACORE).
A Rádio Campanário esteve presente e falou com o Engenheiro Agrónomo, Pedro D’Orey Manoel, responsável pela ACORE que começou por nos referir “batemos o recorde do número de animais, do número de produtores e, portanto, vê-se o dinamismo do setor e a vontade que a produção tem de mostrar o que de bom se faz por este país fora” acrescentando ainda “quer em termos de produção animal quer em termos de produção de cereais através dos produtos regionais e do artesanato.”
No que diz respeito às principais preocupações do setor, o Engenheiro refere “a maior preocupação é com a situação atual que vivemos de guerra. a nível Europeu” realçando igualmente “a escalada de preço nos fatores de produção para nós ainda sem a repercussão dos preços pagos à produção é o nosso grande problema.”
Pedro D’Orey Manoel alerta “é muito importante que nós consigamos ir dando conta do recado mas estamos com preços muito mais elevados” reiterando que “para garantir a produção nacional, tão importante neste tempo, temos que rapidamente perceber onde é que está a oportunidade para a produção e onde é que o estado pode ajudar de alguma maneira sem, como é evidente, prejudicar a lei da concorrência.”
O Engenheiro Agrónomo refere igualmente “está muita coisa em cima da mesa por isso é muito importante que o governo rapidamente atue, esta muita coisa prevista mas nada efetivado e nós já estamos aflitos em termos de tesouraria.”
Questionado se estas medidas devem partir apenas do Governo ou também da União europeia, Pedro D’Orey Manoel considera “ a União Europeia já deu luz verde para aquela que era considerada ajuda de estado e que não podia ser dada, para que fosse atribuída neste momento o que ainda não aconteceu” acrescentando “pedimos celeridade nos processos para que rapidamente possamos ter aquilo que precisamos para garantir a produção nacional.”