Com o início da campanha da azeitona por todo o Alentejo, e sendo a previsão deste ano mais baixa em relação a anos transactos, fomos ouvir Álvaro Labella, diretor técnico da Associação de Olivicultores do Sul, (OLIVUM) sobre as consequências desta baixa de produção no preço do azeite e na qualidade do mesmo.
Segundo Álvaro Labella com o início da campanha, a associação de olivicultores já tem “dados suficientes para fazer uma pequena previsão.” Confirmando que a produção está mais baixa do que há um “ano e meio.” Embora esta quebra já estivesse prevista, o que não estava calculado era a “quebra no teor de gordura da azeitona.” Será essa quebra o que “realmente” irá provocar uma “redução” nos quilos de azeitona por hectare, “na maioria das explorações” agrícolas. Contudo a qualidade do azeite irá “manter-se” já que este foi um ano em que não “existiram problemas sanitários.”
Álvaro Labella adiantou que em relação ao preço por litro de azeite, esta quebra terá “influência” no preço praticado.
Com o início da campanha também em Espanha, “principal produtor ao nível mundial.” O preço do azeite “tem vindo a aumentar” desde a semana passada, na consequência da percepção por parte das “pessoas” que a campanha espanhola também será mais baixa. Sendo que os valores andam na casa dos “3,50 ate aos 3,70 euros para o azeite virgem extra de grande qualidade.” Muito embora os preços da azeitona na cooperativa não estejam “marcados nesta altura do ano” sendo que a cooperativa ao receber a azeitona “adianta” um valor por quilo e “ao longo do ano” vai sendo feita a “venda do azeite e a liquidação da azeitona faz-se vários meses após” o término da campanha.
A Associação de Olivicultores do Sul cobre uma área de olival de cerca de 30 mil hectares.