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“A Integração da comunidade cigana exige uma estratégia nacional urgente”, Afirma Pinto de Sá

Évora, 01 de agosto de 2024 – O Comando Distrital de Évora da Polícia de Segurança Pública (PSP) celebrou hoje o seu 149º aniversário com uma Sessão Solene realizada no anfiteatro do Colégio Espírito Santo, na Universidade de Évora. A cerimónia contou com a presença de várias personalidades de destaque, incluindo o Secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, o Diretor Nacional da PSP, Superintendente Luís Carrilho, e o Comandante Distrital de Évora, Superintendente José Simão. O evento reuniu representantes de diversas instituições civis e religiosas, bem como das forças de segurança, que se juntaram para homenagear a história e o serviço contínuo da PSP em Évora e Estremoz.

A Rádio Campanário marcou presença na cerimónia e entrevistou o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, sobre a questão da videovigilância e outras preocupações relacionadas com a segurança na cidade.

“Estamos a fazer uma avaliação orçamental da videovigilância e depois a Câmara fará uma avaliação também, tendo em conta quer a proposta da PSP, quer os custos orçamentais associados, para avaliar se vale a pena ou não avançar com a videovigilância. Ela está apenas apontada para o Centro Histórico de Évora e para uma parte apenas do Centro Histórico,” explicou Carlos Pinto de Sá.

Quando questionado sobre a complexidade e as soluções para a segurança, o Presidente destacou que “a minha preocupação com a videovigilância é a eficácia. E, sobretudo, que a videovigilância não seja pretexto para que se retire polícia da rua. É necessário continuarmos a manter polícia na rua. Agora, reconheço que pode ser um instrumento eficaz, dependendo dos custos desse investimento.”

Pinto de Sá abordou também a questão da privacidade dos cidadãos, alertando para os potenciais abusos na utilização da videovigilância. “A videovigilância filma cidadãos no espaço público, pondo em causa, de alguma maneira, o direito do cidadão à sua liberdade e anonimato no espaço público. Temos que avaliar toda esta situação cuidadosamente,” disse.

Além da videovigilância, o Presidente da Câmara falou sobre a necessidade de uma estratégia nacional para lidar com a comunidade cigana, referindo que de devem tomar medidas para a comunidade cigana que não fiquem apenas no papel, mas que se traduza em ações concretas para encontrar soluções. É uma situação complexa que requer um trabalho contínuo e difícil,” afirmou.

Referindo-se aos acampamentos ilegais por parte da comunidade desta etnia, Pinto de Sá destacou os desafios enfrentados pelo município. “Quando há ocupação ilegal de espaços, procedemos à desmobilização desses acampamentos em conjunto com a PSP. No entanto, isto é desmotivador para o município, para as forças de segurança e para os residentes, pois a situação apenas se desloca de um lugar para outro sem uma solução definitiva,” explicou.

Sobre a criminalidade, o Presidente salientou que, apesar dos desafios, Évora continua a ser uma das cidades mais seguras do país. “Apesar de termos problemas, temos a mais baixa criminalidade do país. Houve um pequeno aumento na criminalidade geral, mas isso deve-se sobretudo às burlas informáticas e pequenos furtos,” informou.

Em conclusão, Carlos Pinto de Sá reafirmou a necessidade de encontrar soluções práticas e eficazes para os desafios de segurança e habitacionais enfrentados pelo município. “Qualquer cidadão deve ter um tratamento igual, independentemente da sua etnia ou origem. É fundamental definir ações concretas e não apenas planos teóricos,” concluiu.

A cerimónia encerrou com um sentimento de compromisso renovado para com a segurança e bem-estar da comunidade, celebrando a dedicação e o serviço contínuo da PSP ao longo de quase um século e meio.

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