A CDU venceu ontem a Câmara Municipal de Évora com maioria relativa, arrecadando 27,44% dos votos, ou seja, 6413 votos, seguida do PS com 26,27%, da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM com 19,07%. O Chega obteve 6,81% dos votos e o BE 3,80%, sendo a distribuição de mandatos a seguinte: CDU-2, PS-2, Coligação PSD/CDS-PP-2, Movimento Cuidar de Évora-1.
Dada a distribuição de mandatos, Carlos Pinto de Sá, o agora reeleito Presidente da Câmara Municipal de Évora, não terá a vida facilitada na autarquia eborense dada a distribuição de mandatos decorrente da votação.
A Rádio Campanário falou com Carlos Pinto de Sá obtendo uma reação aos resultados eleitorais e ao modelo de governação que pensa seguir. O autarca reeleito começou por realçar “Évora deu a vitória à CDU numa situação global difícil para a CDU” acrescentando “a vitória da CDU em Évora decorre daquilo que foi a escolha dos eleitores de Évora”, a quem deixou um agradecimento.
De acordo como autarca agora reeleito “naturalmente fomos penalizados porque, apesar de termos recuperado a Câmara , duma situação desastrosa económica e financeiramente, não havia meios suficientes para dar resposta a alguns problemas do dia a dia que afetam as pessoas , em áreas como por exemplo a higiene e limpeza urbana, a rede viária ou a água, onde os recursos só estiveram disponíveis demasiado tarde. ”
Ainda assim, Carlos Pinto de Sá refere “estamos confiantes que vamos ter um próximo mandato com a Câmara mais robusta do ponto de vista económico e financeiro, portanto com maior capacidade para responder a essas questões.”
Na sua opinião, nestas eleições existiu “uma clara dispersão de votos, com quatro forças políticas no executivo e uma maior dispersão também na Assembleia Municipal, o que significa que tem que haver uma negociação para podermos garantir que as opções do plano e o orçamento do Município são aprovados. “
Carlos Pinto de Sá esclarece ainda que “através desta negociação vamos perceber qual é a disponibilidade das outras forças políticas para esse diálogo” referindo que a CDU “está disponível para chegar a acordos.”
Questionado se, na eventualidade de todas as forças políticas recusarem este diálogo, considera ter condições para governar a Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá referiu “vamos conversar com todas as forças políticas, ver quais são as posições de cada um e em função dessas posições, tomaremos as decisões capazes.”
O Edil termina referindo “quem votou para esta dispersão de votos quer que haja entendimento entre as diversas forças políticas e da nossa parte é isso que iremos fazer estando convicto de que haverá espaço para as soluções adequadas para responder aos problemas de Évora.”