As grandes explorações agrícolas do Alentejo já foram responsáveis por milhares de empregos, quer sazonais, quer fixos.
Nos dias que correm a mecanização está a deixar as grandes explorações sem agricultores, exemplo disso é a perda, em 4 anos, de um quinto dos trabalhadores.
O setor agrícola emprega cerca 271 mil pessoas, menos 71 mil que em 2015, sendo a esmagadora maioria, agricultores por conta própria.
O número de novas empresas agrícolas está também a diminuir, ao mesmo tempo, os encerramentos tornam-se mais frequentes, pese embora o rendimento médio mensal dos trabalhadores agrícolas ter aumentado 17%.
A tendência não é exclusivamente portuguesa, ela acompanha o que se passa na União Europeia, onde o emprego agrícola caiu 30% nos últimos 15 anos.
Embora a mão de obra tenha diminuído, a agricultura nacional está a produzir cada vez mais, reforçou as exportações e é responsável por alguns dos melhores produtos do mundo.
Este facto está relacionado com a modernização cada vez maior nos trabalhos agrícolas, onde antes se recorria a mão de obra, hoje são as máquinas e a tecnologia de ponta que reinam.
No Alentejo, a vinha e o olival, são hoje culturas totalmente mecanizadas, que sem as máquinas e as novas tecnologias estariam condenadas, pois a mão de obra escasseia.