Decorreu esta manhã, no Convento do Espinheiro, em Évora, a sessão de encerramento da segunda cimeira das “Regiões Europeias para Comunidades Inteligentes”.
Inseridos no programa desta cimeira, que se realizou durante esta semana na cidade alentejana, realizaram-se diversos fóruns, diálogos, workshops, laboratórios, momentos culturais e atividades destinadas a aprimorar o papel dos polos regionais e urbanos das Comunidades Inteligentes na realização da transformação digital.
A cimeira das “Regiões Europeias para Comunidades Inteligentes” foi organizada pelo projeto H2020-AURORAL liderado pela CCDR Alentejo.
A Rádio Campanário marcou presença na sessão de encerramento e falou com a Reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vilar, que começou por comentar a seguinte frase: “hoje a formação faz-se cá fora à universidade vai de vez em quando”.
“O doutor Marques Nogueira referiu essa frase particularmente paradigmática, de que a aprendizagem e o processo de formação também se fazem de fora da universidade e se vai à Universidade de vez enquando.” No entanto destacou que “também é verdade que a universidade, por um lado, é cada vez mais uma instituição aberta, que contempla a formação em diferentes fases da vida, ou seja, não a universidade não está restrita à formação dos jovens, há cada vez mais ofertas viradas para públicos muito específicos”
A reitora da UÉ frisou que “o processo de construção de uma universidade é, também, na interação com os seus parceiros nacionais e internacionais e é isso que também se tem que que pensar.”
Segundo Hermínia Vilar, “a minha presença aqui procura acentuar essa questão, que é a universidade como protagonista e como parceiro estratégico de todos estes projetos, nomeadamente este projeto ligado à digitalização”, mas também “de todos os projetos que visam o desenvolvimento regional e Internacional, e a integração em redes europeias e em redes mais alargadas.”
No Alentejo, segundo a reitora, “há um longo caminho para percorrer,” destacando que na nova equipa que agora tomou posse “demos uma particular importância à questão da transformação digital”, com a criação de “uma pró-reitoria para essa área particular.”
Analisando o nosso território, Hermínia Vilar referiu que “estamos a falar de um território muito desigual no acesso à informação, no acesso à digitalização e inclusive às telecomunicações.” Deu como exemplo que “ainda hoje há espaços onde não temos praticamente ligação. Nós temos alunos com extraordinária dificuldade quando vão para casa, de ter acesso à Internet.”
Nesta cimeira, “estamos a discutir o futuro, mas o futuro tem que passar por dar condições a toda essa população dispersa por um Alentejo muito diversificado,” acrescentando que “é a partir daí, que nós temos que construir o futuro, atendendo a essa diversidade, atendendo a essas dificuldades.”
Em conclusão a reitora referiu que esta transição digital no Alentejo “é uma questão que só se pode fazer com o apoio do Governo e com o apoio das autarquias, porque senão não iremos conseguir ultrapassar essa situação.”