Após a Declaração de Impacte Ambiental da linha ferroviária de Évora/Évora Norte ter tido decisão “favorável condicionada”, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o executivo municipal tem-se manifestado a favor de outra solução. Em declarações à Campanário o presidente do município, Carlos Pinto de Sá, explicou que “o que se conhece é que a APA veio dar preferência à solução dois no traçado da ligação ferroviária”, mas “a nossa posição é que o comboio se deveria afastar o mais possível da cidade”.
Carlos Pinto de Sá sublinha que “havia de facto uma solução quatro, que era aquela que se aproximava do IP2, mas essa não apareceu”, aliás, “na consulta pública da APA, desapareceu, pura e simplesmente”. Por isso, “aquilo que nos parece é que a solução três é uma solução que deveria ser estudada e aprofundada, porque nos parece que tem um impacto menor, relativamente às populações”, além de que “provavelmente, do ponto de visto ambiental, é um impacto que é compatível com uma estrutura que vai durar durante mais de 100 anos”, sublinha.
Assim, do ponto de vista do executivo, “não damos por adquirido que seja a solução dois, queremos que seja ponderada a solução três”, afirma Carlos Pinto de Sá.
No que diz respeito ao pronunciamento das entidades competentes, como a APA ou o próprio governo central, o autarca refere que “da parte da APA pronunciaram-se essencialmente sobre os chamados impactos ambientais, mas não consideraram que uma das questões de impacte ambiental de grande importância são as populações”. Desta forma e “tendo em conta o impacto que tem sobre as populações”, Carlos Pinto de Sá considera que o traçado deveria ser analisado novamente.