Decorreu esta manhã, no Santuário da Senhora da Boa Nova, em Terena, no concelho de Alandroal, a Eucaristia Dominical, no âmbito das celebrações das Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Nova.
A Eucaristia foi presidida pelo Arcebispo D. Francisco Serra Coelho, com quem a Rádio Campanário falou a respeito da obra realizada no santuário e também destas festas centenárias que atraem milhares de fiéis à Freguesia de Terena todos os anos.
O Arcebispo começou por dizer que “estamos num contexto de recuperação deste edifício do séc. XIV, portanto estamos a falar do santuário mais antigo do sul de Portugal. É importante que este santuário tivesse uma dignificação devida, estava num estado preocupante, em boa hora a Direção Regional da Cultura, a Câmara Municipal, a paróquia a quem pertence o edifício, fizeram com que fosse possível esta obra. Foi uma obra de grande rigor e exigência e estamos agora na esperança de uma segunda fase, que é a candidatura da recuperação destas pinturas preciosas e, ao mesmo tempo, deste interior. Temos pois que dar ao graças ao Senhor, pela colaboração dos homens e ao mesmo tempo pelo sentido profundo dos crentes. Nossa Senhora da Boa Nova situa-se num espírito pascal genuíno”.
“Há muita gente hoje a necessitar da confirmação da esperança, há muitas pessoas que não acreditam porque a realidade é que, por vezes, aquilo que vemos à nossa frente é opaco, é muito nublado e, acreditar que para lá há luz, que para lá da noite está a nascer o dia no outro lado do mundo, é algo que parte do coração e não da racionalidade dos olhos que não veem. É necessário fazer esta proclamação ao povo Alentejano, um povo muito sofrido na sua história. É uma região que sente falta de técnicos na saúde pública, tem grandes dificuldades na assistência local, em que todos os serviços essenciais foram diminuindo, tudo foi partindo. Por isso estar com este povo é fundamental, é a missão da igreja estarmos aqui em festa com um povo que precisa muito de festa para exprimir a sua alegria, a sua esperança, e ao mesmo tempo, para ser fiel à sua raiz, à sua génese, porque é um povo que tem uma cultura baseada e plantada no mundo dos cristão e é aqui que está a festa. Estamos aqui com este povo, com Nossa Senhora, a Mãe, que é sempre o centro da festa, porque em nossa casa, a mãe é sempre aquela a quem beijamos quando chegamos”, acrescentou D. Francisco Serra Coelho, em mensagem deixada ao povo alentejano.