A concentração em Sines de toda a refinação de combustíveis do país não é um risco para a segurança energética nacional, diz a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).
A garantia surge na sequência da decisão da Galp, tomada a semana passada, de acabar com a refinação na segunda refinaria portuguesa que existe em Matosinhos. A ENSE assegurou hoje à TSF que Portugal tem reservas de combustíveis suficientes para um funcionamento e abastecimento normal de todo o país durante 90 dias.
“Isto significa que durante 90 dias poderá não existir refino nem importação de produto que somos autossuficientes, pelo que qualquer disfuncionalidade ou quebra da produção poderá ser sempre substituída pelo lançamento no mercado das reservas estratégias em poder da ENSE que são reservas do Estado” adianta Filipe Meirinho.
A refinaria de Matosinhos deixará de refinar os combustíveis como faz há mais de 50 anos, mas continuará a ser um ponto de armazenamento, nomeadamente porque é aí que estão parte das reservas estratégicas nacionais.
Além disso, “toda a avaliação que tem sido feita indica que Sines é autossuficiente para refinar gasolina e combustível para abastecer todo o território nacional”.
A Galp vai acabar no próximo ano com a refinação em Matosinhos, concentrando as operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines.