O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 27 de maio de 2019, abordou aos microfones da Rádio Campanário os resultados das eleições europeias deste domingo, 26 de maio.
António Costa da Silva começa por referir que os valores da abstenção “são alarmantes e preocupantes”, acrescentando que “é um mau sinal para a democracia”. O deputado aproveita os microfones da RC para enviar uma saudação “a quem ganhou”, afirmando que “o partido socialista foi quem ganhou”. No que respeita a vencedores, António Costa da Silva considera que “existem mais dois vencedores”, sendo “o Bloco de Esquerda que elege mais um deputado e o PAN que elege um deputado pela primeira vez”.
Em termos de vencidos, o deputado considera que “quem perde é a CDU, sendo o partido político mais penalizado nestas eleições, Marinho Pinto desapareceu em termos eleitorais”.
António Costa da Silva considera que o “PSD e CDS não cumpriram os seus objetivos”, uma vez que “o PSD apenas manteve o número de deputados e o CDS acaba por perder um”.
No que respeita a eventuais leituras políticas destas europeias, António Costa da Silva, refere que “aquilo que perde o PCP ganha o BE, existe quase uma transferência direta dos votos”. No caso do PAN, o deputado refere que “é a nova onda dos partidos ambientalistas, área muito importante, sobre a qual os partidos tradicionais devem estar muito atentos”. António Costa da Silva refere que “os votos do PAN são muito urbanos, vêm de franjas que estão descontentes”.
O deputado considera que a grande questão “foi a não discussão das causas em que a europa está envolvida”, relembrando a importância da União Europeia nas políticas nacionais.
Quando questionado sobre a escolha de Paulo Rangel para candidato, o deputado considera que “foi uma excelente escolha”, justificando que “a transformação das europeias numa discussão dos problemas nacionais penalizou o PSD”. António Costa da Silva considera que “a questão dos professores penalizou o PSD, pois fez o que pensava, mas explicou-se muito mal”, acrescentado que “o teatro do primeiro ministro acabou por beneficiar o PS”.
Naquilo que respeita a uma eventual leitura dos resultados tendo em conta as legislativas de outubro, António Costa da Silva considera que “é disparatado extrapolar estes números para as legislativas, ainda para mais com estes valores de abstenção”. O deputado refere que “um mês em política pode mudar tudo”.
António Costa da Silva refere que Santana Lopes e o seu partido Aliança sofreram pois “o seu espaço politico é reduzido, sendo ainda mais limitado nas legislativas”.