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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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À Rádio Campanário, Nuno Mocinha fala sobre as alterações ao apoio social e diz, “não é aceitável darmos o almoço e o jantar feito e depois as pessoas, porque não gostam deitam no lixo” (c/som)

A Câmara Municipal de Elvas está a preparar um conjunto de alterações aos apoios sociais concedidos pela autarquia, às famílias mais carenciadas do concelho.

As medidas ainda carecem de aprovação pela Assembleia Municipal, estando agora em “inquérito público, para que as pessoas possam ver e dar as suas sugestões e depois a câmara possa decidir e envia-lo à Assembleia Municipal dado que este regulamento tem que ser aprovado pela Assembleia Municipal”.

A informação foi avançada à Rádio Campanário pelo presidente da Câmara Municipal de Elvas numa entrevista exclusiva, onde Nuno Mocinha explica que as mudanças introduzidas passam por “uma aglutinação de todos os regulamentos que havia dentro dos programas sociais e é bom não esquecer que temos mais de vinte programas sociais e o que se fez foi uma condensação desses programas sociais num único regulamento”.

Nuno Mocinha diz que no fundo trata-se do mesmo, porque “o princípio mantêm-se, ajudar quem dessa ajuda precisa, sem olhar a quem, ou seja, se alguém precisa a câmara deve ajudar”, acrescentando, “o que muda é a forma como se dá esse apoio e é um controlo que se faz desses apoios dado que não é aceitável darmos o almoço e o jantar feito e depois as pessoas, porque não gostam deitam no lixo, mas o regulamento tem todos os apoios que a câmara dá”.

Segundo o autarca “vai-se continuar a apoiar a alimentação das famílias carenciadas mas em vez de dar alimentação quente, vamos dar os alimentos e que esses alimentos possam ser adquiridos nas nossas lojas”, realçando, “as pessoas dizem onde é que os querem ir comprar, dá-se um vale que tem um determinado valor e esse valor é deduzido em alimentos que podem ser do pão ao próprio gás para que ninguém diga que não tem energia para confecionar os alimentos, mas assim também estamos a contribuir para que não se perca nos agregados mais desfavorecidos a prática de fazer o seu planeamento, fazer as suas compras e de confecionar os seus alimentos”.

Quando questionado, Nuno Mocinha replicou, “os beneficiários são exatamente os mesmos, continuam todos, a quem se dirigem e a forma como eles são geridos”, havendo “apenas algumas alterações de detalhe”, exemplificando, “no que toca a acolher os miúdos durante as férias temos que mudar um bocadinho as regras”.

Instado a responder sobre se haverá uma redução de verbas afetas ao apoio social no concelho, Nuno Mocinha diz que “a receita que vem anualmente para as câmaras municipais tem diminuído drasticamente, deixa logo antever que as receitas da câmara têm diminuído e se elas descem, nós também temos que nos ir adaptando, mas não é por falta destas receitas que existe esta mudança nos programas sociais, é para que essa ajuda chegue às pessoas certas e na quantidade certa”.

Também no início do ano letivo, as regras vão mudar. Se até então a autarquia elvense oferecia anualmente uma mochila nova a cada aluno carenciado, este ano e caso a Assembleia Municipal aprove, também esta situação vai ser revista, com o presidente da Câmara de Elvas a dizer, “eu também tenho filhos e não compro uma mochila nova todos os anos aos meus filhos, qual é a necessidade da câmara dar uma mochila nova aos alunos que são carenciados?”

A forma de atribuição do subsídio também vai ser alterada, “este ano vamos perguntar às pessoas em que papelarias querem comprar o seu material escolar e os seus livros”, em detrimento da habitual aquisição a uma central de compras nacional.

A finalizar, Nuno Mocinha foi desafiado a fazer o balanço dos últimos eventos da Câmara Municipal de Elvas, tendo sido focada a Semana da Juventude, onde o autarca disse que tem vindo a ouvir as pessoas, “quem escolheu o cartaz foram os alunos da Escola Secundária que disseram que não se importavam de pagar alguma coisa caso o cartaz fosse bom e as condições boas e foi francamente positivo”.

 

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