Foi ontem assinado o auto de consignação da empreitada de consolidação e restauro dos parâmetros do perímetro abaluartado exterior e cerca islâmica e medieval interior da Fortaleza de Juromenha.
A cerimónia de assinatura decorreu na Igreja Matriz de Juromenha, no interior da fortaleza, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo, do Presidente da CCDR do Alentejo, Dr. António Ceia da Silva, da Diretora Regional de Cultura do Alentejo, Drª. Ana Paula Amendoeira. assim como os arquitetos responsáveis pelo projeto, Arq. Pedro Pacheco e José Aguiar.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo que, em entrevista à RC “começou por dar os parabéns ao Presidente da Câmara de Alandroal pela persistência para conseguir chegar aqui, com este financiamento, e com este projeto aprovado. “
A Diretora Regional de Cultura sublinhou ainda que “Está aqui uma congregação de vontades, mas a câmara de Alandroal teve um processo de liderança insubstituível sem o qual não seria possível estarmos aqui.”
A Diretora Regional de Cultura do Alentejo referiu igualmente “o início desta obra é para todos nós um motivo de grande satisfação. Saúdo a qualidade do projeto pois trata-se de um processo muito complexo que obriga a técnicas e materiais próprios uma vez que estamos perante um património com 2000 anos de história.”
“Hoje todos só podemos estar satisfeitos e dar os parabéns a quem contribuiu para que este projeto da Requalificação da Fortaleza de Juromenha esteja hoje nesta fase adiantada” adiantou ainda a Diretora Regional de Cultura.
Para Ana Paula Amendoeira “o nosso conhecimento tradicional é o que nos dá capacitação para podermos em muitas situações enfrentar e adaptarmos as alterações climáticas, desde logo do ponto de vista da construção tradicional, pela sua própria natureza que está ligada aos territórios “reforçando ainda “o conhecimento tradicional, neste caso, o saber fazer ligado à construção tradicional no Alentejo é um recurso importantíssimo para construir o nosso futuro.”
Segundo Ana Paula Amendoeira “este conhecimento tradicional permite-nos também um maior desempenho naquilo que hoje se chama a economia circular que é uma linha de orientação da comissão europeia.”