A coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda (BE), Maria Helena Figueiredo, no seu comentário desta sexta-feira, dia 23 de dezembro, falou sobre o salário mínimo que sobe 24 euros por mês, com os patrões a pouparem 6,9 euros por trabalhador, ficando nos 557 euros a partir do dia 1 de janeiro e o facto do Governo não ceder mais nada ao BE e ao PCP no Código do Trabalho, garantindo António Costa que “o que havia a negociar já está negociado”.
Sobre o salário mínimo subir 24 euros por mês, com os patrões a pouparem 6,9 euros por trabalhador, Maria Helena Figueiredo diz que o BE considera que o salário mínimo “é extremamente baixo, é dos mais baixos da Europa, quem faz compras sabe que é muito difícil viver com o salário mínimo e as pessoas vivem muito mal”.
Salienta que o BE negociou com o Governo e considerou que, “apesar de não ser um bom salário mínimo, é uma boa base, porque permite-nos para o ano, aumentar mais uma vez”. Acrescenta que “para quem tem muito pouco, apesar de ser um baixo salário mínimo, qualquer acrescento é uma ajuda e esperemos que para o ano possamos subir mais porque faz parte do acordo com o Governo, esta progressão na recuperação de rendimentos (…)”.
Relativamente ao Governo não ceder em mais nada ao BE e ao PCP no Código do Trabalho, garantindo António Costa que “o que havia a negociar já está negociado”, a coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda refere que o seu partido já por várias vezes disse que “é preciso tirar a troika das relações de trabalho”. Sublinha que “no último Governo a contratação coletiva foi completamente destruída, os trabalhadores viram os salários, as condições de trabalho, regras de funcionamento, mesmo a inspeção de trabalho, desmantelada, e à luz daquele principio que era preciso flexibilizar o trabalho para criar o emprego”.
Maria Helena Figueiredo diz que o que de facto aconteceu, foi a destruição “das conquistas dos trabalhadores ao longo de décadas”, pelo que, como afirma, “o BE estará sempre com os trabalhadores na rua, nas empresas, no Parlamento, nas negociações, nos grupos de trabalho com o Governo”, porque tem como objetivo para o próximo ano, “reduzir e acabar com a precaridade nas relações de emprego público (…)”.