Segundo as últimas informações conhecidas públicamente, parece estar ultrapassado aquele que era o último obstáculo para a compra da posição do acionista americano na TAP- transportadora portuguesa .
O Governo Português quer que a Companhia Brasileira Azul abdique do direito de converter um empréstimo que fez à TAP, de 90 milhões de euros, em capital da empresa. A ideia é garantir que, no futuro, a Companhia Brasileira não possa reclamar parte do controlo da transportadora portuguesa já reestruturada. Como contrapartida, ao fecho do negócio, a companhia Brasileira Azul quer receber de volta os 90 milhões de euros quando o empréstimo terminar, daqui a seis anos.
Era previsível que este acordo ficasse fechado , antes da decisão do Conselho de Ministros, podendo evitar a nacionalização da companhia.
António Costa, Primeiro Ministro Português, à margem da cerimónia oficial da reabertura das fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha, que ontem se realizou em Elvas, disse no entanto ” que a TAP está a caminho de suma solução estável que assegure ao nosso País manter a sua companhia, fundamental para a nossa continuidade territorial e para a nossa ligação ao mundo.”
A confirmar-se a realização deste acordo, David Neeleman sai da TAP, que se torna maioritariamente pública, com o Estado Português a deter mais de 70 por cento do capital e Humberto Pedrosa, o outro acionista privado português, perto de 30 por cento.
Já esta tarde, após a realização do Concelho de Ministros, a Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que “ o Governo não avançou esta quinta-feira com a nacionalização da companhia “. Adiantou ainda que há, neste momento, “um acordo de princípio com privados”, e caso esse compromisso não se concretize, o Conselho de Ministros reunirá “para aprovar o diploma da nacionalização”.