Promover o desenvolvimento sustentável do Sul do país e estimular a coesão territorial, são os objetivos do Campus Sul, consórcio inédito em Portugal que junta a Universidade de Évora, a Universidade do Algarve e a Universidade NOVA de Lisboa, assinado no final de 2021, tal como a Rádio campanário noticiou à data
À margem da sessão de encerramento da segunda cimeira das “Regiões Europeias para Comunidades Inteligentes”, em Évora, a Rádio Campanário falou com a Reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vilar, sobre este consórcio, nomeadamente o ponto de situação do mesmo.
A nova reitora da academia alentejana começa por referir “penso que à partida, todos os consórcios entre instituições, são boas ideias” pois, em sua opinião, “nós não podemos caminhar sozinhos, temos de caminhar com outros e fazer ganhos de escala em termos de investigação, transferência de conhecimentos e todos temos a ganhar com isso.”
Relativamente às reservas que têm sido colocadas para este consórcio, Hermínia Vilar considera “que é uma situação normal em todos os processos que são inovadores.”
A Reitora da Universidade de Évora garante que “há uma oferta pensada, ainda que haja muito a discutir”. Apesar disso, na sua opinião “o que nós temos que ter presente é que a ideia do consórcio é uma boa ideia e, por outro lado, a ideia de que todas as universidades saiam a ganhar deste consórcio, sem perderem a sua identidade e individualidade, por forma a que seja positiva para todos.”
Este é também o objetivo desejado para a Universidade de Évora, conforme refere a Reitora, acrescentando “a Universidade de Évora é um protagonista deste consórcio em igualdade de circunstância com as outras duas universidades e isso é claro para mim.”
Uma das questões que mais tem sido colocada ao abrigo deste consórcio é a definição de, licenciando-se um aluno, saber-se porque Universidade é o mesmo licenciado. Sobre esta matéria, a Reitora da Universidade refere “esta questão será ultrapassada e estamos cá para isso pois este consórcio não é feito e não será desenvolvido para que uma das universidades tenha um protagonismo maior do que as outras.” Ainda assim, a responsável pela Universidade Alentejana salienta “claro que as condições onde partimos e as nossas identidades não são as mesmas pois não é a mesma coisa estar em Lisboa, no Algarve ou em Évora e os reitores estão cientes dessa diversidade.”
“A Universidade de Évora não vai deixar de definir o seu papel central neste consórcio a par das demais” acrescenta ainda Hermínia Vilar.
Desde que o Consórcio foi assinado têm sido realizadas reuniões de trabalho e foram constituídos grupos de trabalho para pensar ofertas no âmbito deste projeto e em breve são esperadas novidades nesta área
