O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS-PP, no seu comentário desta quinta-feira, dia 18 de julho, abordou aos microfones da Rádio Campanário a demissão do Secretário de Estado da Proteção Civil, falou também sobre a proibição de carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra, terminando com um comentário sobre os mais recentes resultados das sondagens para as legislativas.
O eurodeputado começa por “sublinhar que em 4 anos são já perto de 20 governantes que saem do governo”, acrescentando que “a lógica é sempre a mesma, ou seja, quando são confrontados com o limite acabam por ceder, foi assim com Tancos, foi assim na sequência dos incêndios, etc”.
Nuno Melo considera que esta demissão “é revelação de circunstâncias que do ponto de vista da opinião pública são inaceitáveis, como é o caso das golas que afinal em caso de incêndio não protegiam nada”. O eurodeputado refere ainda que “os fogos em Portugal tem mostrado o que não pode acontecer do ponto de vista ético (…) todas estas situações mostram o pior lado da natureza humana”, referindo a dinheiros que nunca chegaram aos destinatários, casas que foram indevidamente reconstruídas, apoios mal distribuídos”.
Para o Nuno Melo “isto é inaceitável”, acrescentando que “os partidos deviam ter o poder de exigir aos autarcas que respondessem onde é que para o dinheiro, porque é que estas casas foram reconstruídas e aquelas não, e de estabelecerem prazos para que o dinheiro aparece e seja devolvido sob pena de retirada de apoio do partido que representam”.
Questionado pela RC sobre uma eventual comparação com o caso dos submarinos, Nuno Melo refere que “não tem comparação com o caso dos submarinos, Paulo Portas nunca foi constituído arguido, aliás existem relatórios do Ministério Público que fazem referência a esse facto, ainda para mais quando a Marinha Portuguesa está bastante satisfeita com os submarinos que são fundamentais no patrulhamento do maior mar da Europa que é o nosso”.
Relativamente ás medidas que impedem a carne de vaca de entra nas ementas das cantinas da Universidade de Coimbra, o eurodeputado refere que “é absolutamente disparatada, o governo não pode abolir a carne só porque temos o melhor peixe do mundo, não se podem esquecer que temos também da melhor carne do mundo”.
Para Nuno Melo “está-se a dizer que não se pode apoiar a produção de carne bovina em Portugal, que todos os postos de trabalho do setor estão em risco”. O eurodeputado considera que “este politicamente correto é absolutamente estúpido”, acrescentando que “isto não passa de um fascismo gastronómico em que alguém decide o que podemos comer”.
Naquilo que concerne aos resultados das sondagens, Nuno Melo refere que “é preocupante para todo o espaço político centro/direita, não só para o CDS/PP”, justificando a perda de votos com “o aumento do número de partidos centro/direita obviamente que tem provocado uma dispersão dos votos”.
O eurodeputado considera também que “existe uma intoxicação noticiosa que faz com que quem não mereça tenha reconhecimento”, falando “especificamente do partido socialista que mente descaradamente, mas consegue retirar vantagem disso”.