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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Acho que a Região Demarcada de Vinhos faz sentido, mas é uma coisa que vamos ter que discutir”, diz José Daniel Sádio (c/som)

Estremoz recebeu este sábado, no Museu Berardo, a iniciativa CULTOURWINE, um evento onde a cultura e o vinho surgem de mãos dadas.

A iniciativa contou com provas de vinho de 7 adegas de referência (Adega Monte Branco; Bacalhôa Vinhos de Portugal/Quinta do Carmo, Vinhos de Portugal; Herdade do Pombal; Herdade dos Outeiros Altos; Howard’s Folly; João Portugal Ramos e Tiago Cabaço Winery); Wine Talks; Atuações do Grupo de Cante Alentejano ‘Os Da Boina’ e atividades para crianças.

Este foi um evento promovido pelo Município de Estremoz e que teve como objetivo unificar a cultura ao vinho, proporcionando a todos os visitantes, uma experiência memorável num espaço magnífico, com a possibilidade de conhecimento e degustação de vinhos de referência.

A Rádio Campanário esteve presente e, à margem do evento, falou com José Daniel Sádio, presidente da Câmara Municipal de Estremoz, a respeito de Estremoz ter uma região demarcada de vinhos.

Em declarações à nossa redação, o presidente da autarquia estremocense começou por lançar o desafio aos produtores do concelho de Estremoz para que “num futuro tão breve quanto possível, lançarmos para cima da mesa uma discussão, no bom sentido, se faz ou não sentido, termos uma região demarcada de vinhos. É a questão que eu quero lançar àqueles que estão no terreno”.

Questionado se o futuro passa por pedir uma região demarcada de vinhos, José Daniel Sádio referiu que “o futuro passa por discutir esse assunto também. Na Cozinha dos Ganhões iremos ter o regresso do Congresso da Vinha e do Vinho, aqui em Estremoz, e o que eu disse aos produtores que estavam, e àqueles que não estão, vamos também falar com eles e lançar essa discussão. Eu tenho a minha opinião, mas temos que ouvir aqueles que são o garante e o Know How desta atividade para perceber. Se faz sentido, estamos cá, há que lançar a discussão. Eu acredito que faz sentido, mas é a minha opinião enquanto autarca, mas não ficaria bem naturalmente, nunca o fiz nem nunca o faria, lutar por algo sem perceber se faz sentido, vou lançar o reto e o apelo, no bom sentido, para que também consigamos discutir e analisar. Este é o momento de união entre os produtores e os munícipes, e portanto, é o momento próprio para pensarmos nessa questão”.

Sobre fazer ou não sentido, o presidente da Câmara Municipal de Estremoz foi questionado quanto ao número de adegas existentes no concelho de Estremoz, ao qual referiu que “temos mais de duas dezenas de adegas, se não me falha a memória, são 22 ou 23, portanto, tem que ser um assunto bem analisado e bem discutido. Há uma coisa que eu tenho a certeza, nós temos aqui, do melhor que há, em termos nacionais, de vinhos no Alentejo e, por isso, acredito que há um contexto histórico, da região, que o pode justificar, mas teremos que falar com quem percebe e que tem mais conhecimento que nós, dessa questão”.

“Estas iniciativas são uma lógica de promoção do território e também da nossa atividade, no caso económico e no caso vitivinícola, e acontecerá sempre. Este ano temos esta promoção, para ano haverá outra, e haverá sempre a possibilidade, por parte do Município, a exemplo de outros setores, para promover e divulgar, essa é uma questão inequívoca e vai acontecer, a outra questão que aqui lancei e também tem a ver com o setor é uma ideia para irmos discutindo e percebermos se faz ou não sentido. Quer faça ou não, esta é uma aposta ganha, claramente proporcionamos aqui uma experiência fantástica àqueles estão aqui e já estiveram, que é o deslumbre desta coleção de azulejos, do espaço, de todo este serviço que temos aqui, e também conjugado com a maravilha dos nossos vinhos de Estremoz”, finalizou.

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