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Acidente entre Évora e Estremoz: família da vitima do acidente com carro de Eduardo Cabrita vai pedir levantamento de segredo de justiça

O advogado da família de Nuno Santos,  mortalmente atropelado na A6 pelo carro do Ministro Eduardo Cabrita a 18 de junho, anunciou que vai pedir o levantamento do segredo de justiça do inquérito ao acidente – nas mãos da GNR e do Ministério Público (MP).

Conforme notícia avançada pela Revista Visão, o advogado em entrevista referiu estar , “a suscitar os despachos necessários para reclamar e pedir o levantamento do segredo de justiça” com o objetivo de tornar a investigação “mais célere e mais transparente”.

Segundo o advogado que “o segredo de justiça pode e deve ser declarado para proteger uma investigação”, mas considera que tal não se justifica neste caso acrescentando que “Não há, por isso, nenhuma razão legalmente correta que possa determinar o segredo de justiça deste inquérito”, diz.

Passaram dois meses da data em que ocorreu o acidente e, segundo a mesma fonte, contactada a GNR, a mesma confirma que a investigação se mantém “em curso” e que, para já, “não será possível prestar esclarecimentos adicionais” garantindo no entanto que “desenvolveu e encontra-se a desenvolver, nos termos da lei, todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais”.

O Ministério Público entretanto abriu um inquérito estando o processo no  Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora a aguardar pelo relatório final da GNR.

Duas semanas após o acidente, o ministro Eduardo Cabrita q assegurar que tudo estava a ser feito para que a viúva e as duas filhas menores (13 e 16 anos) de Nuno Santos  , única fonte de rendimento do agregado não passassem por dificuldades. “No quadro das funções próprias do Instituto da Segurança Social foram dadas indicações para serem realizados os contactos que permitissem agilizar os mecanismos legais de apoio previstos nestas circunstâncias”, disse, na altura.

O advogado da família acusa agora Eduardo Cabrita “de não ter cumprido a promessa”. garantindo “O ministro disse que ia agilizar o processo, mas não só não agilizou, como ainda tivemos de enfrentar coisas patéticas, como quando pedi apoio judiciário para a filha mais velha de Nuno Santos, estudante, sem rendimentos, e ainda me vi obrigado a provar que ela, de facto, não possuía bens, como casas ou carros”. Para José Joaquim Barros “o Estado não só não tem ajudado, como tem tido o papel de impedir que as coisas avancem”. 

A seguradora de acidentes de trabalho de Nuno Santos veio entretanto aceitar pagar à família uma pensão provisória,  o que veio mitigar as dificuldades conforme referiu o advogado.

Recorde-se que, tal como a Rádio campanário noticiou,  o acidente ocorreu no dia 18 de junho, por volta das 13h00, na A6 , entre Évora e Estremoz , aNuno Santos, 43 anos, um trabalhador de uma empresa subcontratada pela Brisa, que realizava trabalhos de manutenção da via, foi atropelado pela viatura – um BMW série 7 de 2011 – ao serviço do Ministério da Administração Interna (MAI), e onde seguia Eduardo Cabrita. A vítima ainda foi assistida, mas acabaria por falecer no local.

Fonte: Visão

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