O novo presidente da Federação Distrital de Évora do Partido Socialista (PS), Luís Dias, em entrevista à Rádio Campanário, falou sobre o Fundo de Recuperação Europeu, que será de 45 mil milhões de euros para Portugal, e também sobre as eleições autárquicas 2021.
“Este Pacote de Financiamento vem vocacionar todos os Fundos para atividade económica e para a sua recuperação e era algo que obviamente os portugueses ambicionavam – os empresários, o setor do turismo, da restauração. De forma transversal ao nosso país, houve impactos diretos com esta crise”, frisa.
Questionado se o Alentejo deveria ter também um plano de retoma da economia semelhante ao do Algarve, que será de 300 mil euros, Luís Dias afirma que “houve regiões que, de forma diferente, foram atingidas pela pandemia, quer ao nível da área da saúde, mas também ao nível económico”.
“No caso do Algarve, talvez o mais grave a nível nacional, com maior impacto na economia e isso vê-se nos números do desemprego, mas o Alentejo não fica de fora de uma visão primordial do nosso Governo para a adjudicação desses fundos à nossa região”, explica.
Sobre o Alentejo refere ainda que “é uma região que estava em rota de crescimento e de desenvolvimento, com a atração de muitas empresas, o setor do turismo em claro crescimento e afirmação no panorama nacional e internacional. Portanto, eu acredito que o Governo Português vai ter a capacidade de olhar para o Alentejo e de designar verbas que sejam suficientes para alavancar a nossa economia e criar aqui claramente uma recuperação económico-financeira, que seja mais rápida do que sem esses Fundos. E, portanto, estou claramente confiante que vai haver essa visão”.
Quanto às eleições autárquicas em 2021, estratégia a adotar e eventuais candidatos e listas que pode já ter ponderado, refere que “o trabalho autárquico é permanente e, portanto, não é expectável que a um ano e poucos meses das eleições possamos ter listas fechadas ou candidatos definidos”.
Luís Dias explica que “é altura de reunir com as concelhias do PS do distrito e de começar a preparar o processo, sendo que numa primeira instância vai ser criado um grupo de trabalho com essa especificação direta, ou seja, apoiar as concelhias na designação dos candidatos a cabeça-de-lista, mas também das restantes listas. A elaboração de todo o processo eleitoral, da parte legal desse processo, a Federação tem um papel determinante nisso e acho que tem de haver a humildade suficiente para dar poder às concelhias de escolherem o melhor que eles acham para a sua terra”.
Sobre a ambição que um presidente distrital tem, refere que é “ter os melhores candidatos em cada concelho. Aqueles que darão garantia às nossas populações de que vão gerir os seus destinos com a forma sempre empenhada como os autarcas do PS têm feito”.
O novo presidente da Federação Distrital de Évora do PS fala da diferença entre a gestão dos partidos socialistas e da CDU. “Não tenho a menor duvida que os bloqueios que têm existido nos últimos anos nas visões dos autarcas da CDU, têm prejudicado as populações dos seus concelhos. E, portanto, é altura de mostrar isso às pessoas, apresentar os melhores candidatos, as melhores equipas e os melhores projetos e, acima de tudo, a melhor postura. Estamos cá para resolver problemas, não vivemos dos problemas. E isso é uma marca que vamos acentuar”.