A faturação da Ervideira, com vinhas localizadas em Reguengos de Monsaraz e Vidigueira, aumentou 25% para 2,1 milhões de euros em 2021, face a 2020, ano em que o lucro somou 200 mil euros, anunciou hoje a empresa vitivinícola.
“Trata-se de uma evolução positiva dos resultados obtidos no ano anterior, quando a Ervideira registou uma quebra forte de faturação em 2020, na ordem dos 35%, mas mesmo assim também com 10% de resultado líquido, em relação à faturação”, refere a empresa em comunicado.
Citado no documento, o diretor executivo da Ervideira diz que, após o “desafiante” ano de 2021, “em que o mercado esteve fechado cerca de três meses e meio”, 2022 é “um ano prometedor” para a empresa.
“Estamos confiantes de que será o ano da recuperação. A nossa estratégia vai passar por continuar a investir, em inovar, com foco na qualidade dos nossos produtos e na solidez das nossas parcerias. O nosso objetivo passa por, pelo menos, recuperar os resultados de 2019, aquele que foi o melhor ano da história recente”, afirma Duarte Leal da Costa.
Na sua opinião, “as vacinas tiveram um efeito positivo no consumo e na dinâmica de muitos setores em que o vinho marca presença, com 2021 a encurtar a sua distância para aquilo que seria a normalidade”.
“Acreditamos que em 2022 será dado mais um passo nesse sentido, de forma que todas as empresas possam continuar a almejar resultados que permitam continuar a recuperar do enorme golpe que todos nós sentimos”, acrescentou.
Desde o início da pandemia, a Ervideira diz ter vindo a reforçar a sua estratégia de negócio e de diversificação dos produtos que disponibiliza para o mercado, assim como o seu papel de responsabilidade social, ao produzir e colocar no mercado o seu próprio álcool gel, de forma a contribuir para o combate à pandemia.
O enoturismo tem vindo também a assumir-se como “uma área de extrema importância para a Ervideira nos últimos anos, com um crescimento notório”.
“Acreditamos que os turistas nacionais e estrangeiros estão cada vez mais interessados pelo mundo dos vinhos e, com isso, mais interessados em programas de enoturismo. Assim, estamos já preparados para no ano de 2022 receber mais de 30.000 turistas num ambiente, calmo, bem organizado e onde as provas serão o ‘ex-líbris’, podendo os turistas que visitam a Ervideira escolher que vinhos provar, entre os brancos, tintos, rosés, espumantes, licoroso ou colheita tardia”, afirma Duarte Leal da Costa.
Produtora de vinho desde 1880, a Ervideira possui atualmente um total de 110 hectares (ha) de vinha, distribuídos pelas sub-regiões da Vidigueira (60 ha) e Reguengos (50 ha). Entre os seus vinhos estão marcas como Conde D’Ervideira, Invisível, Vinha D’Ervideira, Terras D’Ervideira e Lusitano.
Ana Veigas C/Lusa